Cerca de 35 milhões de argentinos devem ir às urnas neste domingo (22) no primeiro turno da eleição para a escolha do novo presidente que vai suceder Alberto Fernández.
A tendência é que a decisão fique para o segundo turno.
Nas primárias obrigatórias no país, o candidato da extrema-direita, Javier Milei, conquistou a primeira posição, com 29,86% dos votos.
Mas o resultado foi quase um empate triplo. A coligação de Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança de Mauricio Macri, ficou em segundo com 28%. Já a frente política de Sergio Massa, o atual ministro da Economia, teve 27,27%.
O novo cenário na Argentina mostra uma reconfiguração de forças políticas. Há 20 anos, com a eleição do esquerdista Nestor Kirchner, a Argentina convive com o kirchnerismo, considerado uma herança do peronismo. E as últimas disputas sempre tiveram um kirchnerista e um opositor.
Maurício Macri, em 2015, chegou a encerrar um período de 12 anos da esquerda no poder, mas Alberto Fernández fez com a ala política voltasse a governar o país, com Cristina Kirchner como vice na chapa.
O momento na Argentina é de incertezas, com a alta da inflação e a desvalorização do peso. Em primeiro lugar nas prévias, Javier Milei se autointitula um político antissistema. Entre as propostas polêmicas dele estão a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central.
Sérgio Massa está ligado ao kirchnerismo e Patricia Bullrich é a candidata da direita tradicional.