A Polícia Rodoviária Federal anunciou nesta quinta-feira (25) a adoção de câmeras corporais nas fardas dos agentes. A medida é uma resposta depois da morte de Genivaldo de Jesus, homem negro asfixiado em uma abordagem policial há um ano.
A ação que terminou com a morte do homem foi no dia 25 de maio de 2022. Ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo. Os três policiais envolvidos estão presos e respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado.
Em nota divulgada nesta quinta (25), a corporação ainda reforça o pedido de desculpas aos familiares de Genivaldo e anuncia a adoção das câmeras nos uniformes.
O Projeto Estratégico Bodycams prevê que a partir de abril de 2024 cerca de 6 mil agentes utilizem os equipamentos. O número representa. Aproximadamente, metade da tropa. Os testes práticos começam em novembro deste ano e a medida é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, destacou que a PRF criou uma coordenação-geral e uma disciplina de direitos humanos com o objetivo de garantir a formação do policial e evitar que casos como o de Genivaldo voltem a acontecer.
Em conversa com jornalistas, ele classificou o episódio como “traumático”: “Todos sabem dos fatos recentes que aconteceram e não condizem com o histórico tradicional da PRF. Mas os fatos ocorridos foram traumáticos. Nosso compromisso é que a PRF cada dia mais seja transparente em todas as nossas ações".