Justiça Federal começa a ouvir testemunhas do caso Genivaldo Santos

Homem negro morreu em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal em maio de 2022; três policiais estão presos

BandNews FM

A Justiça Federal do Sergipe começa a ouvir testemunhas do caso Genivaldo de Jesus Santos nesta terça-feira (22). O homem negro de 38 anos morreu durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal em maio deste ano.

O processo criminal aponta a participação de três policiais na ocorrência às margens da BR-101, em Umbaúba, no interior sergipano. A previsão é que as testemunhas sejam ouvidas até a próxima quinta-feira (24), nesta que é a primeira etapa da ação penal que acontece em Estância.

Laudos do Instituto Médico Legal apontam que o homem morreu asfixiado após ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e inalado gás lacrimogêneo.

A sétima Vara Federal de Sergipe afirma que não será permitido o acesso de pessoas que não tenham relação com o processo e a imprensa será informada do andamento dos depoimentos por meio de boletins. A medida teria sido adotada com “o objetivo de garantir a integridade física dos presentes à audiência, além de preservar a imagem dos envolvidos”.

Os três policiais envolvidos deixaram o Presídio Militar de Sergipe para acompanhar as audiências de forma remota na sede da Justiça Federal, em Aracaju, a capital do estado.

Os agentes Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia estão presos preventivamente desde o dia 14 de outubro. Eles respondem por abuso de autoridade e homicídio qualificado, quando há intenção de matar, e impossibilidade de defesa da vítima.

O relatório final da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Federal, no dia 26 de setembro.

O inquérito da morte de Genivaldo chegou a ser prorrogado três vezes a pedido da Polícia Federal de Sergipe, que disse à época, não ter recebido os laudos do Instituto Médico Legal de Sergipe e do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília para concluir o indiciamento.