O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Geraldo Alckmin, reforçou a importância da nova regra fiscal na noite desta terça-feira (14) em um evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Investidores e políticos participaram do encontro.
De acordo com ele, o plano traçado pela equipe econômica abre caminho para uma queda da taxa básica de juros, a Selic, uma das metas da gestão federal. “No próximo mês, o governo estará encaminhando ao Congresso Nacional a ancoragem fiscal”, afirmou Alckmin.
O político recebeu das mãos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto do novo limite de gastos que será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Haddad e Alckmin realizaram uma reunião no Palácio do Planalto antes do encontro marcado entre Lula e os ministros do governo.
O chamado arcabouço fiscal foi apresentado a Alckmin e, de acordo com Haddad, o vice-presidente reagiu de maneira positiva à proposta. “Ele sorriu”, afirmou o chefe da Fazenda.
O próximo passo é encaminhar o projeto a Lula. Haddad confirmou que deve realizar uma nova reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda nesta semana e que quer entregar o texto ao presidente antes da viagem à China, que será no final deste mês.
Se aprovada, a regra vai substituir o teto de gastos, aprovado na gestão de Michel Temer e que limita as despesas federais. Atualmente, é a principal referência para o gerenciamento das contas públicas.
De acordo com Fernando Haddad, uma equipe restrita do governo teve acesso ao projeto, mas ele afirmou que a proposta “vai vazar uma hora”, mas que será “do jeito certo”.
O responsável pela pasta da Fazenda afirma que a cautela adotada no estudo é apenas para todos saberem em conjunto da decisão de Lula.