Acordo para compra de submarinos causa desconforto diplomático entre Estados Unidos e França

Casa Branca intercede transação que estava praticamente fechada entre França e Austrália; Paris chegou a chamar de volta os embaixadores em Washington e Camberra

Rádio BandNews FM

O anúncio dos Estados Unidos de um novo acordo para fornecer submarinos nucleares para a Austrália cria atrito a França
Reprodução/Twitter

O anúncio dos Estados Unidos de um novo acordo para fornecer submarinos nucleares para a Austrália cria atrito com um dos principais aliados: a França.

Os australianos já tinham um acordo de US$ 60 bilhões com a França para o desenvolvimento de submarinos de tecnologia menos sofisticada.

Mas os americanos entraram na jogada e ofereceram outro equipamento.

A professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker pontua que, dentro da União Europeia, há hoje divergências sobre como lidar com a Casa Branca.

Na avaliação dela, o pacto pelos submarinos marca uma posição para o futuro, uma vez que os equipamentos só devem ficar prontos em 2040.

A compra de submarinos foi só o começo de um pacto militar anunciado entre Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, conhecido como AUKUS - ato repudiado pela China.

O presidente francês Emmanuel Macron foi enfático ao expressar a insatisfação com a ruptura do acordo com a Austrália e convocou a volta dos embaixadores franceses em Washington e Camberra - medida adotada somente em casos graves.

De acordo com Bernardo Wahl, professor de Relações Internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da FMU, a tecnologia dos submarinos americanos está mais apta a atender as necessidades australianas.

Confira a matéria do repórter Daniel Gateno:

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