O âncora do BandNews no Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, comenta a decisão do Conselho Nacional de Previdência Social que reduziu a taxa máxima dos juros cobrado nos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. A proposta partiu do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).
A ideia que parecia genial foi um tiro que saiu pela culatra. Como resposta ao novo tabelamento, os bancos suspenderam a modalidade de empréstimo. O jornalista classifica a decisão como um erro: “Banco não é ONG, banco não é fofo, as pessoas têm atribuição na sociedade. O banco empresta dinheiro, é uma iniciativa privada. Ele empresta porque vai receber mais”.
Eduardo Oinegue diz que o episódio é mais um exemplo de desorganização no governo Lula, já que o ministro Lupi comandou uma decisão de consequências econômicas sem procurar o ministérios da Fazenda e do Planejamento. O jornalista lembra que a medida ainda pode ser revertida.
Numa reunião recente, o presidente Lula deu um puxão de orelha no ministro Marcio França, dos Portos e Aeroportos, que resolveu lançar um programa populista chamado “Voa, Brasil”, sem combinar com a Casa Civil. Lula criticou o que chamou de “genialidades” que precisam ser compartilhadas. “Agora foi Lupi, com outra genialidade. Quem vai pagar a conta é quem ficou sem consignado”.
Oinegue também fala que o consignado é parte do orçamento das famílias e que a decisão “atabalhoada” do consignado prejudicou a população. “Toda vez que você escutar que o Estado está trabalhando por você, para e espera, porque vem a conta. Quem vai pagar a conta pela falta do consignado?”, conclui o jornalista.