O Ministério Público Federal afirma que 28 agentes da Polícia Rodoviária Federal estiveram no hospital para onde a menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi levada, após ser atingida durante uma abordagem da corporação no Arco Metropolitano.
A informação consta no pedido de prisão dos três policiais envolvidos no caso. O procurador Eduardo Benones cita uma "inequívoca tentativa de intimidação da família".
Heloísa morreu neste sábado (16), após nove dias de internação. Segundo o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a menina sofreu uma parada cardiorrespiratória, que não foi possível ser revertida.
Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva continuam afastados dos cargos.
No pedido, o procurador Eduardo Benones afirma que a presença desses agentes, em contato visual e às vezes verbal, com os parentes da criança, demonstra um 'uso indevido da força corporativa'.
Além disso, o MPF ainda pediu uma nova perícia do carro onde estava Heloisa, o pai, a tia e uma irmã da criança, de oito anos. O objetivo é saber se mais de três tiros foram dados, como afirmaram os agentes em depoimento.