Campinas investiga 6º caso suspeito de febre maculosa partindo de fazenda

A vítima é uma mulher, de 40 anos, moradora de Hortolândia (SP), que esteve na 'Feijoada do Rosa', realizada na Fazenda Santa Margarida

Por Rafaela Oliveira

Vítimas participaram da festa 'Feijoada do Rosa'
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A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) informou, na noite desta quarta-feira (14), que investiga um sexto caso suspeito de febre maculosa. A vítima é uma mulher, de 40 anos, moradora de Hortolândia (SP), que esteve na 'Feijoada do Rosa', realizada no dia 27 de maio na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio. 

A mulher de 40 anos apresentou sintomas em 10 de junho, segue internada em um hospital privado de Campinas (SP). Outra vítima, de 38 anos, também moradora da metrópole, esteve na Fazenda Santa Margarida e apresenta sintomas de febre maculosa. Ambos os casos aguardam resultado do exame laboratorial para confirmação da doença. 

Casos de febre maculosa relacionados à fazenda:

  • 1º Mariana Giordano, 36 anos, moradora de São Paulo (SP). Esteve na ‘Feijoada do Rosa’ e morreu no dia 8 de junho. Confirmado que morreu por febre maculosa.
  • 2º Douglas Costa, 42 anos, morador de Jundiaí (SP). Esteve na ‘Feijoada do Rosa’ e morreu no dia 8 de junho. Confirmado que morreu por febre maculosa.
  • 3º Evelyn Santos, 28 anos, moradora de Hortolândia (SP). Esteve na ‘Feijoada do Rosa’ e morreu no dia 8 de junho. Confirmado que morreu por febre maculosa.
  • 4º Erissa Nicole Santana, 16 anos, moradora de Campinas (SP). Esteve na ‘Feijoada do Rosa’ e morreu no dia 13 de junho. Caso em investigação.
  • 5º Mulher de 38 anos, moradora de Campinas (SP). Esteve no show do Seu Jorge e permanece internada. Caso em investigação.
  • 6º Mulher de 40 anos, moradora de Campinas (SP). Esteve na ‘Feijoada do Rosa’ e permanece internada. Caso em investigação.

Surto de febre maculosa em Campinas 

A Prefeitura de Campinas anunciou hoje um conjunto de medidas de enfrentamento à febre maculosa. A iniciativa é uma resposta ao surto da doença na Fazenda Santa Margarida e também amplia ações para todo o município. A região de Campinas, com o maior registro de casos no Brasil, é endêmica para a febre maculosa.

As medidas incluem: publicação de decreto com regras para estabelecimentos que realizam eventos para grandes públicos em áreas de risco; reforço nas informações para médicos e outros profissionais de saúde; vídeos educativos para ampla publicação; reforço nas ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nas áreas de risco e nos parques públicos; inclusão das zoonoses no Comitê de Enfrentamento das Arboviroses do município; alerta para as vigilâncias em saúde sobre pessoas que frequentaram eventos na Fazenda Santa Margarida e venham a apresentar sinais e sintomas da doença; e medidas específicas para a fazenda envolvida no surto, como exigência de um plano de contingência ambiental e de comunicação.

Mapeamento das 12 regiões com risco para febre maculosa

  1. Lagoa do Taquaral
  2. Lago do Café
  3. Parque Ecológico
  4. Parque das Águas
  5. Parque Botânico
  6. Lagoa do São Domingos
  7. Lagoa do Mingone
  8. Fazenda Chapadão
  9. Ouro Verde
  10. Joaquim Egídio
  11. Sousas
  12. Barão Geraldo

Transmissão, sintomas e tratamento da febre maculosa

Febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite, desânimo. Esses são alguns dos sintomas da doença, segundo informações do Ministério da Saúde. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. Caso apresente sintomas, a Secretaria de Saúde de SP orienta a procurar serviço de saúde e dizer que esteve em áreas de risco (listas acima da região de Campinas).  

A transmissão acontece por meio do contato com o carrapato-estrela ou micuim infectado. Ele precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas para haver transmissão da doença. Os carrapatos mais jovens e de menor tamanho são os mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos.

É importante salientar que não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra. O carrapato-estrela é encontrado, geralmente, em cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, capivaras.

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