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Rio Grande do Sul terá usina de etanol feito com cereais de inverno

Trigo e triticale serão utilizados para a produção de etanol anidro e hidratado em larga escala

Da Redação

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Divulgação

O grupo empresarial Be8 anunciou, nesta sexta-feira (4), em Passo Fundo (RS), a construção da primeira usina de etanol produzido a partir de cereais de inverno, como o trigo e o triticale. O projeto, com investimento de R$ 560 milhões, produzirá etanol em larga escala e farelos de cereais e terá início em 2024. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o governador do estado, Eduardo Leite, participaram do evento.

O Rio Grande do Sul, atualmente, importa 99% da sua demanda por etanol e a nova fábrica irá suprir, conforme o presidente da Be8, Erasmo Batistella, 23% da necessidade a partir de 2025. Segundo Batistella, a usina vai gerar cerca 850 empregos na região (diretos e indiretos) e mais mil postos de trabalho na fase de construção. A usina será flexível para a produção de etanol anidro, que pode ser adicionado na gasolina, ou hidratado, que é o de consumo direto, e terá capacidade de 220 milhões de litros.

Como a região tem baixa condição para usar a cana-de-açúcar como matéria-prima, a nova fábrica vai processar 525 mil de toneladas por ano de cereais como trigo, triticale e milho e, assim, fomentar a produção de novas culturas de inverno na região, gerando alto impacto e valor, sendo uma alternativa aos agricultores para novos cultivos nesse período.

A Be8 anunciou também que vai oferecer ao mercado o farelo oriundo da produção do etanol, os DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis, obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol. Esse é um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos. Serão produzidos 155 mil de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal.

Durante o evento, Alckmin destacou a importância da “neoindustrialização” do Brasil. “Até o final do ano queremos ter uma nova política industrial e ela começa aqui. Onde temos esta competitividade? Na agricultura. Somos o maior exportador do mundo de proteína animal e vegetal e a partir disso é que precisamos industrializar. A neoindustrialização se baseará em avanços de inovação e investimento de inovação, pesquisa e desenvolvimento e uma indústria verde. O biodiesel gera emprego, desenvolvimento, preserva o meio ambiente. A mudança climática é um fato e o Brasil é o grande protagonista no combate a essas mudanças", disse o vice-presidente.

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