Abastecer com o etanol, biocombustível derivado da cana-de-açúcar já está mais barato em pelo menos 15 estados brasileiros. A explicação está no avanço da safra de cana na região centro-sul do país e no clima, que está favorável para o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, a produção está maior agora.
Em 2021, o setor passou por uma crise e a produção de cana-de-açúcar foi menor. Já no ano passado, as lavouras tiveram uma leve recuperação e, neste ano, o país deve produzir a maior safra dos últimos anos.
De acordo com a União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de julho registrou crescimento de 4,21%, na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Foram processadas 48,37 milhões de toneladas contra 46,42 milhões. No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 258,25 milhões de toneladas, ante 234,56 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 22/23 – avanço de 10,10%.
Em junho, dados do benchmarking agronômico do CTC apontam que a produtividade teve uma alta de 17% ante o mesmo mês do ano anterior, com 88,3 toneladas de cana por hectare. Mas, segundo a instituição, isso também se deve à produção de canaviais mais jovens.
Atualmente, 260 usinas estão em operação na região Centro-Sul do país - 243 unidades com processamento de cana e sete que fabricam etanol de milho e nove usinas flex.
Na primeira quinzena de julho, foram produzidos no Brasil 2,26 bilhões de litros de etanol e, desde o início da safra, em março, foram 11,95 bilhões de litros, 5,96% a mais que no mesmo período do ano passado. Desse total, 12% do total foi produzido a partir de milho, o que resulta em 284,41 milhões de litros.