A umidade do solo em nível favorável para o desenvolvimento das lavouras indica recorde na safra de trigo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, conforme levantamento da EarthDaily Agro, empresa que monitora as lavouras por satélite. Com mais de 85% da produção nacional de trigo, os estados do Sul têm sido beneficiados pela boa umidade do solo e alto índice de vegetação (NDVI).
No Rio Grande do Sul, há otimismo quanto ao potencial produtivo. Com o bom patamar do NDVI e da umidade do solo, a estimativa é de que a produção no estado seja de 4,82 milhões de toneladas. O volume é 1,5% maior se comparado com a safra 2022, quando a produção foi recorde.
Em Santa Catarina, a EarthDaily Agro projeta uma produção de 0,5 milhão de toneladas, com produtividade de 3,91 t/ha. “É quase o dobro da média dos últimos cinco anos, de 0,26 milhões de toneladas”, explica Felippe Reis, analista de safra da empresa.
Já no Paraná, a boa evolução dos índices de vegetação mantém alta a expectativa em relação ao potencial produtivo do trigo. Com as condições favoráveis, a projeção é de uma produtividade aproximada de 3 toneladas por hectare, o que seria recorde para o estado. Em 2022, ano em que a produtividade foi recorde, o estado produziu 2,95 toneladas por hectare. Para os próximos dias, o modelo climático europeu (ECMWF) indica que a umidade nos estados do Sul prosseguirá em patamar satisfatório.
Em São Paulo, onde o trigo ainda está em desenvolvimento, o índice de vegetação está bem acima da média e em patamar superior ao dos últimos anos, o que diminui a preocupação dos produtores. Caso a seca continue, o potencial produtivo poderá ser afetado negativamente.