Clima seco provoca atraso no plantio de soja em Mato Grosso do Sul

Expectativa de chuva no fim de semana motiva produtores a investirem na semeadura da soja no pó

Da Redação

Plantio da soja em Mato Grosso do Sul está atrasado
Wenderson Araujo/Trilux

O plantio de soja em Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul, está atrasado na comparação com o ano passado devido ao clima seco na região. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4), pelo departamento técnico da consultoria Coperplan.

Segundo o engenheiro-agrônomo Eduardo Brandt, choveu bem em agosto, o que permitiu um bom manejo de plantas daninhas por parte dos produtores, mas em setembro as precipitações não foram boas, o que impossibilitou uma boa arrancada no cultivo da oleaginosa, que poderia ter iniciado no último dia 16, com o fim do vazio sanitário.

Brandt destaca que diante da expectativa de chuvas no final de semana, muitos produtores estão arriscando iniciar o plantio de soja no pó, especialmente em áreas de várzea.

Brandt sinaliza que a baixa nos preços dos químicos deve fazer com que o nível tecnológico das lavouras de soja seja bom na safra 2023/2024, o que permitiria a obtenção de um rendimento médio de até 3.600 quilos por hectare.

Levantamento realizado pela consultoria Safras & Mercados indica que o plantio da safra 2023/2024 de soja em Mato Grosso do Sul atingiu até a última sexta-feira (29) 2% dos 4,280 milhões de hectares previstos. A área deve ser 3,9% maior frente aos 3,120 milhões de hectares plantados no ano passado.

A produção esperada para a safra de soja é de 15,075 milhões de toneladas em 2023/24, 0,5% acima das 15,004 milhões de toneladas obtidas em 2022/23. O rendimento médio das lavouras deve chegar a 3.540 quilos por hectare, contra os 3.660 quilos por hectare colhidos no ano passado.

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