Vídeo mostra prisão de médico investigado pela morte de 38 pacientes
Um vídeo registrou o momento da prisão do médico João Batista do Couto Neto, investigado pela morte de 38 pacientes na Região Metropolitana de Porto Alegre e indiciado por homicídio doloso foi preso nesta quinta-feira (14) em Caçapava, no interior de São Paulo. De acordo com as informações da Polícia Civil, os policiais da 1ª DIG/DEIC receberam informações sobre a possível localização do médico Dr. João Batista do Couto Neto, procurado pela Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. As informações indicavam que ele estaria hospedado em um hotel em Caçapava. Durante as diligências para localizá-lo, novas informações foram obtidas, sugerindo que o médico estaria exercendo suas atividades profissionais no hospital daquela comarca. Em resposta, as equipes foram deslocadas para o referido local, onde conseguiram efetuar a prisão do homem. Em desfavor do médico, constava um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo. O que diz a defesa do médico João Batista Em nota, o advogado afirma que “A decisão não se reveste de qualquer fundamento fático ou jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico. Importante salientar que ele jamais descumpriu qualquer medida cautelar e não representa nenhum risco à sociedade. Impetraremos ordem de habeas corpus o mais breve possível para cessar a prisão”. Investigação A polícia recebeu mais de 100 denúncias contra o médico, acusado de causar lesões ou até morte em pacientes. A maioria dos casos é que são perfurados órgãos que não dizem respeito à cirurgia realizada. “Por exemplo, ele fazia uma cirurgia de hérnia e acabava perfurando o intestino. Ele fazia uma cirurgia de pedra na vesícula e acabava cortando o fígado”, afirmou o delegado da Polícia Civil. Pelo menos 38 pessoas teriam morrido pelos erros do profissional. Em fevereiro deste ano, já com o registro suspenso, João Couto se inscreveu no CREMESP, o Conselho de Medicina de São Paulo. A defesa do médico garante que ele não descumpriu a decisão da Justiça e que poderia atuar em outras áreas da profissão sem realizar cirurgias.