O Brasil iniciou nesta segunda-feira (27/02) mais uma etapa da campanha nacional de vacinação contra a covid-19. Nesta nova fase, será aplicado o reforço com o imunizante bivalente da farmacêutica americana Pfizer, que contempla as sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus.
Neste primeiro momento, devem ser imunizados:
- - idosos acima de 70 anos;
- - pessoas que vivem em instituições de longa permanência;
- - pacientes imunocomprometidos;
- - comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
Todos os pacientes oncológicos em tratamento atual devem ser vacinados. Embora dados de estudos clínicos apontem que a imunogenicidade gerada pela vacina é atenuada em pacientes com algum grau de imunossupressão, ainda assim as autoridades e sociedades médicas recomendam a vacinação deste público.
Não há contraindicação à vacinação. Pacientes com antecedente de eventos trombóticos devem se vacinar sem medo. Quem está em tratamento com quimioterapia devem se imunizar entre um ciclo e outro do tratamento oncológico, preferencialmente.
Vacinação é segura
A vacinação contra covid-19 em pacientes com câncer é segura e reduz o risco de infecção e complicações pelo vírus.
Nesta primeira semana, devem tomar a vacina pacientes em quimioterapia, radioterapia ou que tenham recebido algum tratamento oncológico nos últimos seis meses.
A partir segunda semana de março, podem vacinar pacientes em seguimento ou em hormonioterapia, desde que estejam também contemplados no público-alvo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Vale lembrar que, para receber a dose do imunizante bivalente, é necessária a vacinação prévia com pelo menos duas doses de qualquer vacina contra covid-19.
Os pacientes em seguimento oncológico que não estejam dentro do público-alvo desta fase da campanha devem ser estimulados a completar o esquema vacinal, que inclui as duas doses iniciais e mais duas doses de reforço com qualquer imunizante monovalente.
Dr. Fernando de Moura - Oncologista, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer