Congresso discute novidades para os cânceres de próstata, bexiga e rim

Novas tecnologias e medicações representam avanços significativos na área

Instituto Vencer o Câncer

Congresso discute tratamento de tumores de próstata, rim e bexiga
divulgação

A 15ª edição do Congresso Internacional de Uro-oncologia, realizada entre 17 e 20 de abril, em São Paulo, debateu novidades no tratamento dos cânceres de próstata, bexiga e rim, doenças que registram cerca de 90 mil novos casos por ano no Brasil. 

Segundo o oncologista Fernando Maluf, coordenador do evento, a melhor tecnologia dos tratamentos curativos para câncer de próstata representa um dos maiores avanços na área. 

“Recentes trabalhos que mostram a radioterapia como uma opção à cirurgia revelam melhores resultados com doses maiores num curto intervalo de tempo, permitindo manter um padrão de cura muito alto”, afirma o médico, fundador do Instituto Vencer o Câncer.

O Congresso destacou, também, o papel de novos testes moleculares. “Isso é um ponto bem importante para evitar um tratamento quando a doença, teoricamente, não tem necessidade de ser tratada imediatamente, evitando efeitos colaterais potenciais. Hoje nós sabemos, com muito mais exatidão, quem precisa ou não de tratamento através de novos testes moleculares”, diz Maluf. 

Outra novidade relevante é um tratamento radiofarmacológico, uma droga aplicada na veia, que deve ser aprovada nas próximas semanas, e que permite que pacientes já refratários aos tratamentos hormonais tenham bons resultados. Essas medicações “grudam” no tumor e emitem doses letais de radioterapia. 

Há ainda remédios novos que conseguem, de modo inteligente, evitar que o tumor se reconstitua. Essas drogas são as chamadas inibidores da PARP, usadas na doença avançada. “Podemos citar, ainda, avanço de novas táticas incluindo imunoterapia no câncer de próstata”, informa o médico.

Câncer de bexiga e rim

Na área do câncer de bexiga, os especialistas discutiram o papel da imunoterapia preventiva para evitar que a doença retorne depois de uma cirurgia de uma doença mais invasiva. Além disso, há novos medicamentos para a doença avançada, como os anticorpos conjugados à droga, que junto com imunoterapia melhoraram e duplicaram a chance de sobrevivência dos pacientes.

Já para câncer de rim, o desenvolvimento de medicações que “asfixiam” o tumor, evitando que chegue a ele o oxigênio e alimento, foram desenvolvidas de modo mais recente. Junto com a evolução da imunoterapia, ajudam a prevenir um retorno da doença depois da cirurgia.

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