Abril é o mês de conscientização sobre o câncer de testículo, o mais incidente em homens dos 15 aos 40 anos. Segundo informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer), corresponde mundialmente a 1% dos tumores masculinos e 5% das malignidades urológicas.
Pelas altíssimas taxas de cura, chegando a 95 % nos estágios iniciais, é importante promover a conscientização sobre o tema, com atenção especial para busca precoce de assistência se aparecerem massas testiculares.
Os principais fatores de risco são histórico pessoal ou familiar, criptorquidia (testículo não descido), atrofia testicular e a Síndrome de Klinefelter (condição associada a uma mutação cromossômica).
Os sintomas mais comuns são o inchaço ou massa palpável nos testículos, dor abdominal ou na virilha e sensação de peso na bolsa escrotal. O diagnóstico é feito geralmente a partir da descoberta de uma massa testicular palpada, com a confirmação a partir da ultrassonografia de testículo.
Para o rastreamento do câncer de testículo não há necessidade de autoexame, mas é preciso estar atento a qualquer sinal, porque toda massa testicular merece atenção.
O tratamento pode ser feito com a ressecção cirúrgica do testículo, com colocação de prótese. Além de tratamentos complementares como quimioterapia, que vão depender das características da biópsia e dos níveis de marcadores sérios após a cirurgia.
Dra Maria Alzira Rocha é oncologista no Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer