Os tumores de mama são os mais incidentes e os que mais matam as mulheres aqui no país. Só neste ano, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mas de 73 mil brasileiras vão receber o diagnóstico da doença.
Por isso, a campanha Outubro Rosa “para todas”, do Instituto Vencer o Câncer, defende direitos e cuidados mais igualitários, de fato, para todas as mulheres. O grande desafio é trazer o foco para pacientes de forma integral e não restringir a atenção apenas à prevenção e ao diagnóstico em tempo oportuno.
No Brasil, aproximadamente 75% da população depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer exames e realizar o tratamento contra o câncer. Existe uma grande diferença no acesso ao diagnóstico precoce e na disponibilização de novos tratamentos, o que compromete a qualidade de vida de pacientes e o prognóstico.
Milhares de mulheres podem ter qualidade de vida mesmo com câncer avançado e pacientes do SUS seguem sem estas opções. Isso porque, mesmo com direito de acesso garantido a medicações já incorporadas na saúde pública, a maioria fica sem tratamento pois os medicamentos não são efetivamente disponibilizados.
“ Muitos dos novos remédios estão disponíveis no sistema privado, mas não estão acessíveis no SUS. Precisamos trabalhar para levar os melhores tratamentos para todos. O acesso à saúde é um direito”, reforça o oncologista Antonio Buzaid, cofundador do Instituto Vencer o Câncer.
A campanha Outubro Rosa “para todas” quer mostrar que pacientes do Sistema Único de Saúde – bem como as do serviço privado - podem viver mais e com qualidade de vida se receberem tratamentos adequados que existem e estão disponíveis.
“Nossa iniciativa destaca a importância da educação e da informação, com um enfoque especial para o acesso ao melhor tratamento para todas as mulheres, em qualquer fase da doença”, afirma o oncologista Fernando Maluf, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer.
A ideia é, ainda, incentivar o compartilhamento de informação de qualidade sobre o câncer de mama. Viver mais e melhor, assim como viver com dignidade é um direito de todo mundo, o acesso aos melhores tratamentos também deve ser!