O que é retinoblastoma? Foto com flash pode ajudar a detectar o câncer nos olhos

Tiago Leifert e Daiana Garbin contaram que a filha Lua, de 1 ano, recebeu o diagnóstico da doença, um tipo de câncer raro que atinge crianças

Da redação

Tiago Leifert, Daiana Garbin e a pequena Lua, de 1 ano Reprodução/IG
Tiago Leifert, Daiana Garbin e a pequena Lua, de 1 ano
Reprodução/IG

O retinoblastoma é um câncer raro que ocorre nos olhos, nas células da retina. O tumor ocular bastante comum em crianças --é este tipo de câncer que foi descoberto nos olhos da filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, que tem 1 ano.

Para que o tratamento contra o retinoblastoma tenha mais chances de sucesso, é fundamental diagnosticar a doença precocemente. A fotografia com flash é um meio que os pais têm para procurarem ajuda médica a tempo --é possível observar um reflexo branco na retina, e o reflexo normal é um reflexo vermelho-alaranjado.

O reflexo branco com o uso do flash na fotografia também pode ser sinal de outras enfermidades, e não só o retinoblastoma.

Daiana contou que foi Tiago quem percebeu “movimentos irregulares” nos olhos de Lua, o que motivou a ida ao médico oftalmologista. Quatro meses após o início do tratamento contra o câncer, o casal decidiu falar abertamente sobre a doença da filha para conscientizar outras famílias sobre o retinoblastoma.

“Pensamos se iríamos falar alguma coisa e o consenso entre a família e amigos foi que não, que a gente deveria focar no tratamento, e decidimos seguir na nossa privacidade. Mas tudo mudou depois da quarta quimioterapia da Lua, uma coisinha começou a me incomodar: saber tudo o que a gente sabe e não dividir com quem nos assiste, com quem é pai e mãe ou quem cuida de um bebê”, declarou Leifert.

De acordo com o hospital A.C. Camargo, o retinoblastoma é o câncer ocular mais comum em crianças com menos de 3 anos, mas é raro. As crianças desenvolvem uma área branca opaca na pupila e pode provocar a perda da visão. No Brasil, a doença é conhecida como “olho de gato”.

Entre os sintomas, é possível notar dificuldades na movimentação do olho, como o estrabismo; dor nos olhos, o globo ocular maior do que o normal e a ambliopia (olho preguiçoso). 

Existem três tipos de retinoblastoma: o unilateral afeta somente um olho, e representa a maior parte dos casos; o retinoblastoma bilateral afeta os dois olhos, e costuma ser hereditário --seu diagnóstico é mais precoce. O retinoblastoma trilateral ocorre quando um tumor associado se forma nas células nervosas primitivas do cérebro.

Um em cada três casos costuma ser hereditário. Nove em cada 10 crianças são curadas --o tratamento foca na eliminação do câncer, em preservar o olho e o máximo de visão da criança. O tratamento pode envolver quimioterapia, como no caso de Lua, filha de Leifert e Gargin. Pode-se usar também a laserterapia e a crioterapia (que usa uma sonda para congelar e destruir o tumor).