
Linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que faz parte do sistema imunológico e ajuda o corpo a combater infecções. Esse câncer pode surgir em pessoas de qualquer idade e é classificado em dois grupos principais: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. A principal diferença entre eles está na presença de um tipo específico de célula no linfoma de Hodgkin.
Hoje, já se sabe que existem mais de 60 tipos diferentes de linfomas, e o diagnóstico correto é essencial para definir o melhor tratamento. Além disso, os linfomas podem ser classificados como agressivos (crescimento rápido) ou indolentes (crescimento mais lento), o que também influencia na escolha terapêutica.
O linfoma é o tipo de câncer no sangue mais comum e está entre os 10 tipos mais frequentes na população. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 15 mil novos registros anuais da doença, aqui no Brasil.
Os sintomas variam, porém, os mais incidentes são: febre persistente sem causa aparente, perda de peso inexplicável, suor noturno intenso e coceira no corpo. Na maior parte dos casos também ocorre o aumento indolor dos gânglios linfáticos, formando caroços no pescoço, axilas ou virilha. Dependendo da região afetada, o linfoma pode causar sintomas específicos, como dificuldade para engolir, respirar ou desconforto local.
O tratamento depende do tipo e da agressividade da doença. Em alguns casos de linfomas indolentes, pode-se apenas acompanhar o paciente sem iniciar terapia imediata. Já os linfomas agressivos exigem tratamento desde o diagnóstico, geralmente com a combinação de imunoterapia, quimioterapia e/ou transplante de medula óssea autólogo (com a própria célula do paciente).
Além dessas opções, novas terapias vêm sendo incorporadas, como anticorpos que ajudam o sistema imunológico a combater o câncer, e as terapias celulares, como o CAR-T Cell, que modifica células do próprio paciente para destruir as células doentes.
Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico especialista, garantindo a melhor estratégia para o paciente. Diante de sintomas persistentes, é fundamental buscar orientação médica. Quanto antes o diagnóstico for feito, melhores serão os resultados clínicos.
Breno Gusmão é vice-diretor clínico do Hospital BP Mirante e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer