O estado de São Paulo atingiu, nesta quinta-feira (4), a marca de 205 mortes causadas pela dengue neste ano, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Outros 406 óbitos que possam estar relacionados à doença estão sendo investigados.
Em todo o estado, 428.543 casos foram confirmados desde o primeiro dia do ano. Desse total, 493 são de dengue grave (em que os pacientes apresentam deficiência respiratória, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos) e 5.034 de dengue com sinal de alarme (situação em que, mesmo após o fim da febre, os pacientes continuam a ter dor abdominal, vômito ou sangramento de mucosas).
Em 5 de março, o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue. No dia anterior, o estado havia atingido 300 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes.
Em 18 de março, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou estado de emergência para a doença na capital paulista. A medida permitirá que o município implemente ações com maior agilidade e, também, possa receber recursos adicionais do governo.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 33 pessoas morreram vítimas da doença na capital e outros 96 óbitos estão sendo investigados. Os números de casos confirmados ultrapassam a marca de 117 mil, sendo que 102 são quadros considerados graves.
Vacinação contra a dengue na capital
Segundo a administração municipal, São Paulo recebeu 8.310 doses que conseguiu em municípios que tinham sobras, apesar de ter enviado ao governo federal quatro ofícios pedindo imunizantes em quantidades suficientes.
A escolha dos dois bairros para o início da vacinação deve-se a critérios técnicos. As vacinas serão aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e duas AMAs dos distritos administrativos de Itaquera, por ser a região onde se concentra o maior número de casos absolutos da doença na capital, e da Vila Jaguara, por ter a maior incidência de dengue por 100 mil habitantes.
O público-alvo para receber as primeiras doses foram definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
Nas escolas, está sendo distribuído o comunicado para ser entregue aos pais ou responsáveis com as informações sobre a doença, formas de transmissão e a necessidade da vacinação, com dados sobre a eficácia e segurança da vacina.