Uma das perguntas mais frequentes que os oncologistas recebem no consultório é se toda pessoa com câncer precisa passar por uma cirurgia.
Como tantas vezes na Medicina, a resposta para esta questão depende de vários fatores. A cirurgia é, de fato, uma das opções de tratamento para o câncer, mas não é a única.
A escolha do tratamento mais adequado para cada caso é influenciada por diversos aspectos, incluindo o tipo de câncer, o estágio da doença, a localização do tumor e a saúde geral do paciente.
A cirurgia costuma ser recomendada, principalmente, para remover tumores localizados, quando isso é possível. Entretanto, para cânceres em estágios mais avançados ou quando o tumor está em uma localização de difícil acesso, outros tratamentos podem ser mais eficazes.
Além da intervenção cirúrgica, existem outras modalidades terapêuticas, como a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, entre outras estratégias medicamentosas, que podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação, dependendo das características específicas do câncer e do paciente.
Idealmente, a decisão sobre o tratamento mais adequado é feita de forma personalizada, buscando sempre o melhor resultado para cada indivíduo. Assim, é importante que o paciente discuta todas as opções com seu médico e a equipe de saúde, sempre que possível. Este diálogo é fundamental para que todos possam decidir juntos qual é a melhor estratégia a ser seguida.
Dra Camilla Fogassa é oncologista no CEOF em Florianópolis (SC), mestre em Oncologia, especialista em Oncogenética e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer