Tumores de cérebro são considerados raros – saiba mais sobre a doença

Oncologista explica fatores de risco e tratamentos para este tipo de tumor

Dra Gabriela Manara

Vida e Saúde

Neste espaço, os profissionais do Instituto Vencer o Câncer trazem informações sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida e novidades na prevenção, diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de tumores.

Brasil tem cerca de 11,5 mil novos casos anuais de câncer do sistema nervoso central
Brasil tem cerca de 11,5 mil novos casos anuais de câncer do sistema nervoso central
Gerd Altmann por Pixabay

Os tumores primários do cérebro são considerados cânceres raros, com baixa incidência entre homens e mulheres se comparados a outras neoplasias. Atualmente correspondem a 3% das causas de óbito por câncer em ambos os sexos, representando a 10ª causa de óbito por câncer.

O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima que o Brasil tenha cerca de 11,5 mil novos casos anuais de câncer do sistema nervoso central (SNC – que inclui o cérebro e a medula espinhal).

Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor no cérebro e sua velocidade de crescimento. Cada área é responsável por um comando neurológico que pode corresponder aos movimentos, força e até mesmo comportamento. 

Embora a maioria dos casos de tumores malignos do cérebro não tenha causas conhecidas, existem alguns fatores de risco, como a exposição a alguns tipos de radiação, situações que afetam a imunidade e doenças genéticas. 

O tratamento do câncer cerebral

Os tratamentos envolvem cirurgia para retirada do tumor, quimioterapia e radioterapia, que podem ser aplicados em diversas fases no decorrer da doença. 

Além disso o paciente deve receber cuidado multidisciplinar envolvendo equipe de psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. 

No caso de interrupções ao tratamento, o crescimento tumoral pode deflagrar sintomas variados que vão desde a perda de força em um membro ou um lado do corpo, dificuldade para andar, falar, e até sintomas mais intensos como náuseas, dores de cabeça, crises convulsivas e ao coma. 

O cuidado deve incluir a minimização de sintomas que podem trazer desconforto ao paciente neste momento de sua vida, visando o bem-estar do indivíduo em qualquer momento. 

Gabriela Manara

Médica oncologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer