Neste espaço, os profissionais do Instituto Vencer o Câncer trazem informações sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida e novidades na prevenção, diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de tumores.
Os tumores primários do cérebro são considerados cânceres raros, com baixa incidência entre homens e mulheres se comparados a outras neoplasias. Atualmente correspondem a 3% das causas de óbito por câncer em ambos os sexos, representando a 10ª causa de óbito por câncer.
O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima que o Brasil tenha cerca de 11,5 mil novos casos anuais de câncer do sistema nervoso central (SNC – que inclui o cérebro e a medula espinhal).
Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor no cérebro e sua velocidade de crescimento. Cada área é responsável por um comando neurológico que pode corresponder aos movimentos, força e até mesmo comportamento.
Embora a maioria dos casos de tumores malignos do cérebro não tenha causas conhecidas, existem alguns fatores de risco, como a exposição a alguns tipos de radiação, situações que afetam a imunidade e doenças genéticas.
O tratamento do câncer cerebral
Os tratamentos envolvem cirurgia para retirada do tumor, quimioterapia e radioterapia, que podem ser aplicados em diversas fases no decorrer da doença.
Além disso o paciente deve receber cuidado multidisciplinar envolvendo equipe de psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.
No caso de interrupções ao tratamento, o crescimento tumoral pode deflagrar sintomas variados que vão desde a perda de força em um membro ou um lado do corpo, dificuldade para andar, falar, e até sintomas mais intensos como náuseas, dores de cabeça, crises convulsivas e ao coma.
O cuidado deve incluir a minimização de sintomas que podem trazer desconforto ao paciente neste momento de sua vida, visando o bem-estar do indivíduo em qualquer momento.
Gabriela Manara
Médica oncologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer