Pneumonia ou embolia pulmonar? Morte de influenciador desperta alerta

Corpo de influenciador digital que teve embolia pulmonar é enterrado em São José dos Campos, em São Paulo. Diego Friggi morreu enquanto aguardava leito na UTI.

Barbara Fava

Pneumonia ou embolia pulmonar? Morte de influenciador desperta alerta
Diego Friggi
Reprodução/ Redes Sociais

O corpo do influenciador digital Diego Guilherme Friggi foi enterrado na tarde desta segunda-feira (11), em São José dos Campos. O influenciador morreu no último domingo (10), após sofrer uma parada cardiorrespiratória devido a complicações de uma embolia pulmonar. O caso reacendeu as buscas sobre o influencer e, também, sobre doenças pulmonares.

Por isso, a Sala Digital, parceria da Band com o Google, fez um levantamento aprofundado sobre os dados de pneumopatia. Neste ano, um segundo pico de buscas sobre doenças pulmonares foi observado - muito provavelmente por conta da alta de casos de pneumonia silenciosa em meados de julho no Brasil. O maior pico foi em 2021, no pós-pandemia, em que muitos novos casos de pneumonia bacteriana foram registrados após o avanço da Covid-19.

Segundo a família de Diego Friggi, 15 dias antes da morte, o influenciador foi ao pronto-socorro da Unimed, no Centro de São José dos Campos, onde foi diagnosticado com pneumonia. Na data, ele foi medicado e orientado a voltar para casa. Depois, a família relata que Diego precisou voltar outras vezes para a Unidade de Pronto Atendimento por não conseguir melhorar em casa. Na última sexta-feira (8), o quadro dele se agravou, por isso Diego foi internado. Ele recebeu o diagnóstico de embolia pulmonar e a família foi informada de que ele precisaria ser transferido para um leito de UTI.

A embolia pulmonar ocorre quando uma ou mais artérias do pulmão estão obstruídas por um coágulo de sangue que impede a sua passagem, dificulta a sua oxigenação e provoca sobrecarga do coração. Os sintomas leves, como falta de ar e tontura, podem ser confundidos com outras doenças - como gripe e pneumonia. Ao comparar as buscas pela doença, nota-se uma alta expressiva nas pesquisas por "pneumonia" em comparação com a "embolia pulmonar".

Diego morreu enquanto aguardava leito na UTI. Bruna Martins da Silva Cardoso, viúva do influenciador, conta que o convênio alegou a indisponibilidade de vaga para a UTI na rede particular. Além disso, ela afirma que o convênio de Diego tinha uma carência, por isso, a dificuldade para a transferência.

Por nota, a Unimed de São José dos Campos informou que Diego "recebeu toda assistência médica e hospitalar necessária com aplicação de protocolos de atendimento. Adequados pela equipe médica e multiprofissional e esclarece ainda que a busca por vaga para transferência ao sistema único de saúde SUS foi realizada devido a questões administrativas sem causar qualquer prejuízo ao atendimento prestado ao paciente". A Prefeitura de São José dos Campos lamentou a morte do influencer e afirmou que o hospital particular era responsável pelo tratamento. A Secretaria de Estado da Saúde informou que nenhum pedido de transferência foi feito via sistema CROSS, que faz a regulação de vagas.
 

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