'Chip da beleza': as buscas sobre o implante hormonal proibido pela Anvisa

Produto usado para fins estéticos pode levar a infarto ou AVC, diz agência

Da redação

Buscas pelo “chip da beleza” estão em alta neste fim de semana após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibir a venda e uso do implante hormonal. Usado para fins estéticos, como emagrecimento e ganho de massa muscular, produto também era usado para alívio de sintomas da menstruação e da menopausa.

A medida foi justificada pela falta de eficácia comprovada e a relação com problemas graves como risco de AVC e infarto. O estudo Vigicom Hormônios, apresentado nesta semana por diversas entidades, aponta para a suspeita de 257 casos de complicações e duas mortes ligadas ao uso indevido de implantes e esteroides no país.

A Sala Digital, parceria do Grupo Bandeirantes de Comunicação com o Google, fez um levantamento do interesse dos brasileiros sobre o “chip da beleza”. As buscas sobre o procedimento se popularizam a partir de 2020 e, em dezembro de 2021, a Anvisa proíbe a publicidade sobre o produto.

Em abril de 2023, o maior volume de buscas sobre o implante hormonal é motivado por uma entrevista concedida pela cantora Flay, que relatou efeitos colaterais do uso do “chip da beleza”, como queda de cabelo e acne no rosto. No mês anterior, o CFM (Conselho Federal de Medicina) proibiu a recomendação de terapias hormonais à base de testosterona.

Nos últimos 12 meses, os termos relacionados ao “chip da beleza” são dois hormônios usados no produto i a gestrinona e a testosterona. Curiosidade sobre o preço do procedimento, que varia entre R$ 3 mil e R$ 8 mil e os efeitos pretendidos do implante também foram pesquisados.

Por fim, brasileiros questionam se o “chip da beleza” é um método anticoncepcional. Há aqui um importante esclarecimento. A gestrinona não é reconhecida como contraceptivo por estar associada a taxas de gestação elevadas. Já o implante hormonal com etonogestrel, conhecido como “chip anticoncepcional”, tem registro da Anvisa e segue liberado para comercialização. Seu uso deve ser recomendado por um médico após consulta.

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