Vídeo mostra momento do assalto que resultou na morte de agente da PRF

Menino de 14 anos morreu baleado durante operação para capturar suspeitos no Complexo do Chapadão

Karol Neves*

Bruno tentou pular a via quando já estava baleado.
Reprodução

Um vídeo registrou o momento da tentativa de assalto que resultou na morte do agente da Polícia Rodoviária Federal, Bruno Vanzan Nunes, de 41 anos, que chegou a cair de um viaduto de 10 metros de altura depois de ser baleado por criminosos. Após a morte de Bruno, policiais da PRF foram em busca dos responsáveis no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, e, na ocasião, um menino de 14 anos morreu depois de ter sido atingido na cabeça.

De acordo com as investigações, o policial federal foi baleado nas costas na tarde de quinta-feira (27), depois de ter reagido a uma tentativa de assalto na Transolímpica, na altura da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia, ele teria trocado tiros com os bandidos e, depois de ter sido atingido, acabou caindo de um viaduto da via, que tinha uma altura de cerca de 10 metros.

“Ele atirou, ainda, para tentar se salvar, mas como eram quatro criminosos armados, ele tentou pular a via, mas como o vão era grande e já baleado, então dificultou bastante, essa travessia fez com que ele caísse na Vila Militar, já na Avenida Duque de Caxias, já sem vida” explicou o chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Marcos Aguiar.
Ocorreu um problema ao carregar o tweet

Após a morte de Bruno, policiais da Polícia Rodoviária Federal foram até o Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, em busca dos criminosos que atiraram no agente. Na ocasião, houve troca de tiros e um menino de 14 anos foi baleado na localidade conhecida como Beco da Zuleide. De acordo com moradores, a polícia teria atirado contra a cabeça do jovem, que segundo à família, trabalhava na comunidade entregando lanches.

“Ele só tava trabalhando, não tava fazendo nada de errado” disse a mãe da vítima.

Uma mulher que convivia com Lorenzo afirmou que ele tinha o sonho de ajudar a mãe e, por isso, queria trabalhar.

“Ele é uma pessoa do bem, uma pessoa trabalhadora, uma criança que já queria trabalhar, né, porque ele mesmo já corria atrás das coisas dele para ele trabalhar e ter as coisas dele” disse uma amiga da família.

Em nota, a Polícia Civil informou que "a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar a morte de um adolescente de 14 anos e investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do fato”.

O Ministério Público do Rio de Janeiro informou, em nota, que vai apurar as circunstâncias da morte do adolescente. A instituição esclareceu ainda que não recebeu qualquer comunicação por parte da PRF e que as denúncias recebidas de cidadãos serão encaminhadas ao MPF para que seja apurado descumprimento às regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal.

“O que houve, de fato, foram muitos tiros vindo na direção das esquipes da PRF e, não resta uma outra opção, a não ser, revidar, dentro de meios proporcionais da força”, disse Marcos Aguiar, chefe de comunicação da PRF. 

Sob supervisão de Natashi Franco* 

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