A população está cada vez mais usando a bicicleta ou a "magrela", para se locomoverem dentro da rotina do dia a dia. Em 2021, o sistema de bicicletas compartilhadas Bike Rio registrou um aumento de 44% dos usuários. A pesquisa também mostra que 50% dos participantes entrevistados passaram a pedalar mais desde o início da pandemia e que 83% querem utilizar mais a "bike" no próximo ano.
"Eu comprei uma bicicleta na pandemia, na intenção de utilizar para o lazer, só que ficou muito custoso, porque o meu apartamento era pequeno, elevador pequeno, essa logística de subir e descer me cansava e eu achei melhor alugar uma bicicleta", conta Larissa Cargnin, designer gráfica e fotógrafa.
Além de evitar engarrafamentos, utilizar a bicicleta contribui com o distanciamento social, com o desenvolvimento das cidades mais sustentáveis e é muito mais econômico para o bolso do usuário. Com a bike compartilhada, um trajeto diário de 20km, por exemplo, custa apenas R$ 30 por mês, enquanto de carro pode custar mais de R$ 1.200 e de transporte público, chega a uma média de R$ 230 mensais.
"Os pequenos deslocamentos, como ir em uma padaria, ir à casa de um amigo, à uma academia, eles não precisam ser feitos de carro, eles podem ser feitos de bicicleta. Quando a gente faz essa troca, e insere a bicicleta no dia a dia, a gente consegue economizar até 90% desse gasto com transporte. Além da qualidade de vida, a bicicleta tem muitos benefícios para a saúde", complementou a porta voz da Tembici, empresa responsável pela operação da Bike Rio, Marcella Bordallo.
Com o aumento do número de usuários, um problema também surgiu: o furto das bicicletas cresceu. De acordo com o Instituto de Segurança Pública, foi registrado um aumento de quase 30%, comparando o mês de novembro de 2021 com o mesmo mês do ano passado.