Tiroteios em favelas das Zonas Norte e Oeste têm mortos e ônibus incendiado

Mangueira foi palco de confronto entre traficantes. Na Primavera e na Vila Aliança policiais civis e militares trocaram tiros com criminosos.

João Pedro Obiler*

Pessoas se protegem atrás de carro durante tiroteio na Mangueira.
Reprodução | Vídeo

Diversos tiroteios na tarde desta quinta-feira (2) na cidade do Rio de Janeiro levaram pânico aos moradores das Zonas Norte e Oeste.

Em Cavalcanti, no Morro Primavera, uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes encontrou resistência ao tentar entrar na comunidade. Um ônibus e algumas barricadas foram incendiados para impedir o avanço dos policiais civis.

Dois bandidos foram mortos durante a ação, um deles o chefe do tráfico local, conhecido como Gaguinho. Um homem foi vítima de uma bala perdida próximo à estação de trem de Piedade e socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho.

Ainda na Zona Norte, traficantes dos Morros da Mangueira e doos Macacos entraram em conflito. Os criminosos trocaram disparos à distância, de uma comunidade para a outra. A Polícia Militar interveio.

O intenso tiroteio causou pânico em moradores e motoristas que passavam próximo ao local.

Ocorreu um problema ao carregar o tweet

A Avenida Marechal Rondon, uma via extremamente movimentada da região, chegou a ser interditada temporariamente. Alguns vídeos registraram motoristas que saíram de seus carros para se proteger ao lado da lataria dos veículos no local e na Rua Visconde de Niterói.

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A violência também causou a interrupção das aulas na escola Faetec, e alunos e professores ficaram impossibilitados de deixar o local até o cessar fogo. Um ouvinte da BandNews FM enviou fotos da janela de sua sala perfurada por uma bala perdida.

“Eu tô até com medo de chegar perto da janela", afirmou.

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Não foram registrados feridos.

Na Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste, uma operação da Polícia Militar também encontrou resistência do tráfico local. Os PMs tiveram que lidar com um ônibus usado como barricada, objetos incendiados e resposta bélica dos criminosos.

Um fuzil foi apreendido e ninguém ficou ferido.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.

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