O professor Jonathan Messias Santos da Silva, de 33 anos, foi preso hoje (25) em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, suspeito de arremessar a garrafa que matou uma torcedora palmeirense.
Gabriella Anelli, de 23 anos, morreu em 10 de julho após dois dias internada no hospital. Ela foi atingida por estilhaços da garrafa de vidro no pescoço durante uma briga entre as torcidas do Palmeiras e do Flamengo no Allianz Parque, em São Paulo.
Para chegar até o suspeito, a Polícia Civil de São Paulo fez uma investigação minuciosa, usando a contraprova de imagens e um aparelho audiovisual. A prisão foi feita em parceria com a Polícia Civil do Rio.
“Ele não saiu pra arrumar briga com ninguém, pra agredir ninguém, ele é um rapaz muito pacífico, pai de um filho de três anos”, afirma Caroline Dias, advogada de Jonathan.
Jonathan passou por audiência de custódia no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, e teve a prisão temporária mantida. Ele foi transferido para São Paulo, onde deve passar por uma nova audiência.
“Amanhã ele passa pela audiência de custódia, se for o caso, e vai pra um local de prisão temporária”, disse a delegada do caso, Ivalda Aleixo.
No início do mês, a justiça de São Paulo revogou a prisão de Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, outro torcedor do Flamengo que tinha sido acusado pela polícia de arremessar a garrafa que matou Gabriella. Ele alegou que, no momento do confronto, arremessou pedras de gelo para revidar os rojões usados pelos torcedores palmeirenses contra os flamenguistas.
De acordo com a justiça, imagens apontam que o suspeito de arremessar a garrafa de vidro era um homem com barba e de camisa cinza, características físicas diferentes das de Felipe. Agora, os investigadores dizem que esse homem que aparece no vídeo é Jonathan Messias.
“A gente foi acompanhando nas imagens o passo a passo dessa pessoa. Ele troca de camiseta, vai para o estádio, ele tem reconhecimento facial. Restava saber de quem era aquele rosto”, concluiu Ivalda.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.