Setor de transporte já sente impacto de tragédia em Petrópolis

Frotas de companhias estão praticamente paradas

Beatriz Duncan

Cerca de 70 ônibus foram danificados. Seis foram totalmente perdidos
Reprodução

A tragédia em Petrópolis já causa transtornos e prejuízos no setor de transportes por conta das fortes chuvas. Com ruas fechadas e veículos destruídos, a circulação na cidade está reduzida. Cerca de 70 ônibus foram danificados. Seis foram totalmente perdidos. Ainda não é possível contabilizar os prejuízos.

O Sérgio Henrique trabalha nas empresas Pedro Ita e Cascatinha, que atuam no município. A média diária de circulação das duas juntas chega à 30 mil passageiros. As frotas das companhias estão praticamente paradas.

“Ainda não estamos com 20% da frota rodando”, conta ele. Quando questionado pela reportagem se ele acha que o prejuízo vai ser grande ele afirmou que sim e que a palavra agora é recomeçar”.

Na terça-feira (15), dois ônibus foram arrastados pela correnteza de um rio, na altura da rua Coronel Veiga. Parte da estrutura da pista foi arrancada pela força da água que invadiu a rua. Pelo menos duas mortes já foram confirmadas. Outros passageiros continuam desaparecidos. Dentre os sobreviventes estão os dois motoristas, Carlos Alberto, de 52 anos, e Carlos Antônio de Faria, de 45.

“O rio ainda estava sob controle, sem jogar água na pista. Estávamos seguindo itinerário para o bairro, porém, alguns metros à frente, após a UPA, veio uma onda em direção aos coletivos. Como recomendado, paramos os ônibus na pista, para deixar a água baixar e seguir viagem, posteriormente”, contaram os rodoviários que logo liberaram a trava de emergência para passageiros saírem pelas janelas.

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De acordo com os relatos, a força da água teria balançado o ônibus, o que fez com que os veículos fossem arrastados para o rio. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o momento em que os ônibus desaparecem.

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“Lançaram cordas em nossa direção, que foram amarradas nos ônibus e em portões, colunas e poste da via, sendo possível começar a fazer o resgate dos passageiros, com a ajuda das pessoas do condomínio, a quem somos extremamente gratos”, contaram os motoristas.

Gabriel Vila Real da Rocha, de 17 anos, é um dos desaparecidos. A família dele pede ajuda da população.

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