Servidores dos hospitais federais do Rio entram em greve

Entre as reivindicações estão melhoria de salários e que as unidades sigam sob administração federal

Rebecca Henze*

Servidores dos hospitais federais do Rio entram em greve
Servidores entram em greve
Reprodução/vídeo

Servidores dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira (15), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a assembleia do último dia 6 e discussões diretas entre o governo e o sindicato da categoria.

Uma das principais reclamações dos servidores é a divisão do complexo da saúde federal, que prevê a entrega das unidades da rede à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ao Grupo Hospitalar Conceição, ao governo do estado do Rio de Janeiro e à Prefeitura do Rio. Segundo os grevistas, o fatiamento e a privatização pioraram o serviço entregue à população.

"As assembleias têm sido marcadas pela participação dos médicos, o que é muito importante para nós porque os médicos têm um problema salarial derivado de uma gratificação não reajustada ao longo de muitos anos, o que faz com que esses profissionais às vezes recebam salários menores até mesmo que os dos auxiliares de enfermagem. Portanto, estamos com perspectiva muito positiva em relação à greve. É uma greve por direitos, por dignidade, por uma vida melhor", afirmou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ,

Os grevistas também pedem reajuste salarial e a realização de concursos públicos. Entre as reivindicações estão também a previsão de verbas do orçamento; transferência para a carreira da Ciência e Tecnologia; o cumprimento do acordo de greve de 2023; o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo e do piso da enfermagem em valores integrais; e a prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs).

Enquanto o Ministério da Saúde não se pronuncia, o público encontra as portas dos hospitais fechadas desde a manhã desta quarta. Genilda Maria, é trabalhadora doméstica e tentou conseguir atendimento no Hospital Federal de Bonsucesso, mas saiu frustrada: "Queria ser atendida, mas está muito devagar. Falta profissional, não consegui resolver nada. "

O jornalismo da Band procurou o Ministério da Saúde e aguarda retorno.

*sob supervisão de Helena Vieira