Sem ônibus e BRT, Rio vive dia de caos

Greve dos rodoviários aconteceu mesmo com liminar que proibiu paralisação

Pedro Cardoni (sob supervisão de Natashi Franco)

A superlotação nos ônibus foi registrada em toda a Capital Fluminense
Reprodução

Nesta terça-feira (29), em toda a Capital Fluminense, foi difícil andar pela cidade. Sem ônibus e BRT muitas pessoas não conseguiram chegar a tempo no trabalho pela manhã. Pontos de ônibus e os poucos veículos em circulação estavam lotados.

"A porta vai aberta porque não dá pra fechar. Tenho quatro filhos pra criar, não dá pra ficar em casa. Ontem foi o trem e hoje são os ônibus, tá difícil" desabafou uma passageira.

Na estação de Madureira, que conecta a linha dos trens aos pontos de ônibus e estações de BRT, muitos passageiros foram pegos de surpresa com a falta da frota. A ida ao trabalho do carioca se tornou uma missão quase impossível.

"Muito complicado, geralmente independente do ônibus até pra você se locomover com o BRT é complicado. To muito cansado, to desde 6h30 no ponto e nada. Vim andando desde Cascadura até aqui para ver se tenho mais sorte" comentou um passageiro.

A lotação dos pontos de ônibus foi registrada em toda a cidade. Mas, mesmo em momentos de caos, o carioca não perde a solidariedade.

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"A gente está tentando se apertar ao máximo para poder caber todo mundo e todo mundo conseguir chegar no trabalho", completou uma passageira.

GREVE DOS RODOVIÁRIOS

O Sindicado dos Rodoviários determinou a suspenção da greve da categoria na Capital Fluminense, nesta terça-feira (29). A retomada das frotas de ônibus deve ocorrer gradualmente.

A decisão aconteceu depois que a greve já tinha sido considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) devido a falta de comunicação com 72h de antecedência. A multa diária para o sindicado em caso de descumprimento da decisão do TRT é de R$ 200 mil.

Segundo a Rio Ônibus, sindicato das empresas do setor, 60% da frota de ônibus já está circulando. No caso do BRT, 100% dos articulados ainda estão paralisados. Fontes ligadas aos rodoviários afirmam que existe uma divisão dentro da categoria e os motoristas dos articulados não querem cumprir a ordem judicial.

Uma assembleia foi marcada para as 14h para definir quais os próximos passos dos rodoviários.

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