O estado de saúde do homem de 25 anos diagnosticado com a varíola dos macacos em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é estável. O jovem está sendo monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e pelas Secretarias Municipal e Estadual de Saúde. O paciente é o segundo caso confirmado da doença no estado do Rio de Janeiro.
O paciente procurou atendimento por conta própria e teria se infectado no estado depois de ter contato com estrangeiros. O homem não teve complicações no quadro clínico e está em isolamento no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O primeiro caso de varíola dos macacos no Rio de Janeiro foi de um homem de 38 anos, que mora em Londres e chegou ao Brasil no dia 11 de junho. Ele foi atendido pelo INI no dia 12 e a doença foi confirmada no dia 14 do mesmo mês.
Ao todo, foram confirmados oito casos da doença no Brasil. Entre eles, dois no Rio de Janeiro, dois no Rio Grande do Sul e quatro em São Paulo. Além disso, outros seis casos suspeitos são investigados no país. Todos os infectados estão isolados e as Secretarias de Saúde estão sendo orientadas quanto à detecção e monitoramento dos casos suspeitos.
VARÍOLA DOS MACACOS
O vírus monkeypox, conhecido como varíola dos macacos, é uma doença viral transmitida por contato com secreções respiratórias, lesões na pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados. A doença faz parte da mesma família de vírus da varíola comum, mas o nível de infecção em grande massa da população é considerado baixo.
Os sintomas mais comuns são febre, aparecimento de gânglios e erupções na pele, fraqueza muscular, dor de cabeça e nas costas, calafrios e exaustão. As erupções na pele começam a aparecer pelo rosto e se espalham pela pele, afetando principalmente as áreas genitais. Os sintomas começam a ser manifestados de 5 a 21 dias depois da infecção.
Em geral, os sintomas são leves e devem desaparecer em cerca de três semanas sem precisar de tratamento e, quando as crostas das feridas desaparecem, a pessoa deixa de transmitir o vírus.
Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. Especialistas alertam sobre cuidado caso a pessoa tenha contato com estrangeiros e esteja apresentando os sintomas.
“Essa é uma doença que é transmissível somente com o contato com as pessoas que tem a doença. Por exemplo, se você tiver algum contato com uma pessoa que veio da Europa, que teve febre, dor no corpo e apareceu umas vesículas na pele. Esse paciente deve ficar isolado e você ser monitorado para ver se você vai adquirir a doença ou não”, relatou José R Branco, médico infectologista e fundador e diretor do Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP).
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco