Secretaria de Ordem Pública quer regulamentar o uso de ciclomotores no Rio

Condutores do veículo já causaram acidentes na orla carioca, e irregularidades são flagradas no trânsito.

Ana Clara Prevedello*

Os veículos chegaram a causar acidentes na orla do Rio.
TV Band Rio

Os ciclomotores têm causado problemas na orla do Rio de Janeiro. Em Copacabana, na esquina da Av. Atlântica com a rua Siqueira Campos, os veículos são alugados irregularmente, com cartazes que informam preços e formas de pagamento.

Placas anunciam a venda irregular de ciclomotores em Copacabana. Divulgação: TV Band Rio.

Na mesma região, a equipe da TV Band Rio gravou um homem que andava com o ciclomotor em cima da calçada, circulando pela ciclovia e passando, logo depois, em frente à polícia. Ele desce e conversa com os policiais militares, mas volta a andar normalmente.

O homem estava conduzindo o ciclomotor na calçada da orla de Copacabana. Divulgação: TV Band Rio.

O ciclomotor só pode circular na rua, na faixa à direita, e o condutor precisa ter mais de 18 anos, uma carteira de motorista na categoria A ou uma autorização para condução de ciclomotor. Mas a maioria das regras não é respeitada, e a Secretaria de Ordem Pública quer regulamentar o uso dos veículos no município, para punir os infratores.

“A regulamentação é fundamental para que a fiscalização seja efetiva, para que aquele sujeito que cometa a ilegalidade seja multado”, diz o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevalle.

Os veículos chegaram a causar acidentes na orla. Flávia Giglio, uma das vítimas, conta que foi atingida pelo veículo enquanto pedalava na ciclovia.

“Eu capotei e bati de cabeça. Sorte que eu usava equipamento de proteção, usava capacete. Mas eu ralei o ombro, tive que fazer mais de três meses de fisioterapia na mão, porque tive uma lesão bem séria. Senti muita dor”, conta.

O fundador da Comissão da Segurança no Ciclismo, Raphael Pazzos, lamenta o problema.

“Nós temos ciclomotores sendo utilizados de forma indevida, né? Nas infraestruturas cicloviárias. As pessoas não fazem isso por maldade, é por completo e puro desconhecimento da lei”, explica.

Em nota, a Polícia Militar informou que a fiscalização é de competência do poder público municipal, e também dos órgãos de trânsito competentes.

*Sob supervisão de Danillo Carneiro. 

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