Saiba porquê homem que matou motorista com retroescavadeira não foi preso

Igor Machado de Oliveira já esfaqueou um rapaz depois de uma discussão na Baixada

Karol Neves*

Igor já cometeu outro crime depois de uma discussão na Baixada Fluminense.
Reprodução

Igor Machado de Oliveira, de 42 anos, que usou uma retroescavadeira para matar um motorista após uma discussão de trânsito, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, já havia sido condenado pela Justiça do Rio. Em 2016, ele era suspeito de esfaquear um rapaz, após uma briga, também na Baixada.

Na época, o juiz Glauber Bitencourt Soares da Costa entendeu que o acusado não representava um risco à ordem pública e, por isso, o suspeito não foi preso. Ele decretou que Igor Machado indenizasse a vítima no valor de cinco salários mínimos.

MAIS UMA DISCUSSÃO, MAIS UM CRIME

No último domingo (23), um homem foi assassinado depois de ter sido arrastado por Igor com uma retroescavadeira, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O caso aconteceu depois uma discussão de trânsito.

De acordo com a Polícia Civil, a máquina, conduzida por Igor, estava fechando a rua e a vítima, que estava de carro, teria se desentendido com o condutor, porque não conseguia passar.

Segundo familiares, Ronald Sant'Anna do Nascimento, de 54 anos, foi arrastado por cerca de seis metros e esmagado no próprio veículo.

“Ele esperou meu pai dar as costas e arrastou meu pai no carro", disse a filha de Ronald.

 

ENTENDA PORQUÊ ELE NÃO FOI PRESO

Na manhã de ontem, Igor prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, acompanhado de uma advogada, para se defender da acusação de ter matado o motorista com a retroescavadeira. Apesar de ter se entregado à Polícia, Igor não foi preso, já que a lei eleitoral proíbe prisões neste período das eleições.

“O que a legislação eleitoral estabelece é que, cinco dias antes e cinco dias depois, os eleitores não podem ser presos. Mas, em flagrante, podem ser presos, sim”, explicou o advogado criminalista Wanderley Rebello Filho.

De acordo com a lei, nenhum eleitor ou candidato poder ser preso durante esse período. As exceções são os casos de flagrante ou de sentença condenatória por crime inafiançável, que são aqueles que não admitem pagamento de fiança para soltura do preso. Caso o acusado continue com o mandado de prisão aberto depois das eleições, Igor será procurado pela polícia para que a prisão seja efetuada.

*Sob supervisão de Natashi Franco 

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