Restrições de voos no Aeroporto Santos Dumont começam em outubro

A mudança começa gradativamente. Inicialmente, após reunião entre o prefeito Eduardo Paes e o presidente Lula, a previsão era de que as mudanças começassem em 2024.

Ana Clara Prevedello*

Santos Dumont só terá voos para São Paulo e Brasília.
Fernando Frazão/Agência Brasil

As restrições de voos no Aeroporto Santos Dumont começam de forma gradativa em outubro deste ano. A medida foi anunciada pelo Ministro de Portos e Aeroportos, nesta segunda-feira (19). A mudança já havia sido decidida na semana passada durante um encontro entre o prefeito Eduardo Paes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Faltava definir a data para início da reformulação.

O Santos Dumont vai ficar limitado a duas pontes aéreas: Congonhas, em São Paulo, e Brasília. A decisão busca recuperar o protagonismo do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, que está recebendo um volume bem menor de passageiros.

No ano passado, o Galeão, que tem uma capacidade para 37 milhões de pessoas, recebeu apenas seis milhões de passageiros. A Changi, empresa que administra o terminal, já demonstrou interesse em seguir com a administração do local. Uma decisão oficial deve sair ainda neste mês.

Segundo o ministro Márcio França, que esteve no Santos Dumont nesta segunda para a inauguração de uma sala sensorial, a Changi é fundamental para recuperar o Galeão.

“Nós estamos insistindo muito com a empresa concessionária, com a Changi, para que ela também faça parte disso, para que coloque outros empreendimentos naquela área onde cabem vários empreendimentos”, disse.

O ministro também falou sobre a importância da sala sensorial, que foi inaugurada no Santos Dumont para pessoas neurodivergentes. Ela promete ampliar a inclusão e melhorar a experiência dos voos para pessoas com deficiência.

“Essas salas são uma necessidade para as crianças que tem neurodivergência. Constantemente, quando elas vão para dentro de um avião, têm crises, acabam se debatendo, muitas vezes se machucando (...) Quase 3% da população tem algum tipo de neurodivergência. Então essa possibilidade das salas faz a criança relaxar, ela coloca o cinto antecipadamente, a mãe liga uma música. Em cada uma dessas salas vai ter um terapeuta, gente especializada para tratar com essas crianças”, explicou.

*Sob supervisão de Christiano Pinho 

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