Quiosque onde Moise Kabagambe foi morto vai ser entregue à família do congolês

Um memorial deve ser criado em homenagem ao ajudante de cozinha no mesmo local

Beatriz Duncan

Os quiosques estão interditados desde o crime, no último dia 24 Divulgação/Prefeitura do Rio
Os quiosques estão interditados desde o crime, no último dia 24
Divulgação/Prefeitura do Rio

Depois da morte do ajudante de cozinha, Moise Kabagambe, a gestão de um dos dois quiosques envolvidos no caso vai ser oferecida à família do congolês. Ainda não se sabe se será o Biruta ou Tropicália. A ideia é fomentar empregos para refugiados africanos, que moram no Rio de Janeiro. A iniciativa é da Prefeitura do Rio junto da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento.

As agressões contra Moise geraram uma onda de apoio na última semana, quando os responsáveis pelo crime foram presos. Protestos aconteceram na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio onde ficam os estabelecimentos. Os grupos envolvidos pediam justiça. Na manhã deste sábado (5), uma outra manifestação ocupou a região.

QUIOSQUES VÃO SE TORNAR MEMORIAL PARA MOISE E À CULTURA AFRICANA

Para homenagear o congolês, a Prefeitura ainda prevê um projeto, em parceria com a Orla Rio, para transformar os dois quiosques em um memorial para Moise. A fachada dos estabelecimentos deve ser reformada com artes relacionadas à cultura africana. Uma foto do jovem deve ser colocada, junto à uma bandeira do Congo.

“A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe representará naquele espaço público uma lembrança para que não seja fácil esquecer e que jamais se repita a barbárie que o vitimou”, afirma o secretáriode Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo.

Toda a concepção e execução deste plano será feita por profissionais negros com foco na promoção e celebração do povo africano.