24 de junho é o Dia Mundial de Prevenção de Quedas, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é um alerta para os riscos desses acidentes. Segundo dados da OMS, estima-se que 684 mil quedas fatais aconteçam a cada ano, o que torna a segunda principal causa de morte por lesões não intencionais em todo o mundo, atrás apenas das lesões causadas por acidentes de trânsito.
Os idosos são a parcela da população que mais sofre com quedas fatais. Especialistas afirmam que a queda nessa faixa etária pode estar relacionada a fatores como sedentarismo e perda de massa muscular.
"Quando as pessoas diminuem a atividade física ou até tornam-se completamente sedentárias, isso influi na ocorrência de sarcopenia, que é a perda progressiva de massa muscular. Para os idosos, isso é ainda mais prejudicial”, destaca a endocrinologista Rosita Fontes, dos Laboratórios Lâmina e Bronstein.
Doenças como Parkinson, osteoporose, pressão alta, diabetes e condições neurológicas podem predispor essa perda de força dos músculos. Ainda segundo a médica, pessoas que usam muitos medicamentos estão mais sujeitas a ter esse problema. Para avaliar o risco de quedas, é necessário fazer acompanhamento médico com exames clínicos e de imagem.
Os acidentes podem ser evitados com algumas mudanças no estilo de vida. A moradia dos idosos deve ser adaptada, sem móveis ou tapetes que prejudiquem a circulação. A supervisão dos familiares também é necessária para evitar riscos.
“Especialmente em passeios e saídas de casa, as calçadas irregulares ou quebradas, buracos nas ruas, uso de bebidas alcoólicas e realização de tarefas além da capacidade física da pessoa contribuem para o aumento do risco de quedas", afirma Rosita.
Além disso, dar afeto e atenção contribui para um aumento qualidade de vida dos idosos.
*Estagiária sob supervisão de Natashi Franco