Quatro pessoas são presas por vender falso laudo médico para produzir cannabis

Os pacientes que recebiam a receita para consumo próprio de maconha não possuíam nenhuma necessidade médica de uso. A quadrilha também produzia e vendia óleos de cannabis.

Júlia Zanon

Criminosos forjavam laudos médicos que permitiam a utilização de cannabis para tratamento.
Divulgação

Quatro pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (11) durante a Operação Seeds, da Polícia Civil. Os suspeitos organizavam um esquema de emissão de laudos médicos falsos que permitiam a utilização de cannabis para tratamento, mas os suspeitos faziam produção de maconha para tráfico, segundo as investigações.

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O biólogo André Vicente Souza de Freitas foi preso em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. Na casa dele, foram encontrados 21 pés de maconha. Na delegacia, ele negou que faça parte da quadrilha.

O médico Adolfo Antônio Pires, o advogado Patrick Rosa Barreto e a recepcionista Pérola Katarine de Castro, esposa do médico, também foram encontrados e detidos.

Segundo as investigações, a quadrilha também produzia óleos de cannabis para comercialização em paralelo ao esquema de venda de laudos médicos. Todos os frascos eram etiquetados como terapêuticos para facilitar o tráfico de drogas.

O inquérito da Polícia Civil aponta que os casos não acontecem apenas no Rio de Janeiro. A quadrilha também tinha clientes em outros estados do país. Todo o esquema de comercialização podia chegar a R$50 mil.

Todos os quatro presos na operação de hoje (11) negam os crimes. Eles vão responder por extorsão, associação ao tráfico de drogas e falsidade ideológica.

A lei brasileira prevê a possibilidade de consumo próprio de cannabis para fins terapêuticos, se comprovada a necessidade do uso.

*Sob supervisão de Helena Vieira

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