Prefeito muda decreto e reduz pontos onde serão exigidos o passaporte da vacina

A obrigatoriedade da apresentação do comprovante vacinal foi revogada para shoppings, centros comerciais, táxis e transportes por aplicativo

Thales Teixeira (Sob supervisão de Natashi Franco)

Decreto mudou nesta sexta-feira (3)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um novo texto do decreto que ampliou a exigência do “passaporte da vacina” foi publicado nesta sexta-feira (3) pela Prefeitura do Rio. Com a mudança, a exigência da apresentação do comprovante vacinal em shoppings, centros comerciais, táxis e transportes por aplicativo foi revogada. Segundo o prefeito Eduardo Paes, não teria como controlar a exigência nesses locais.

O decreto havia entrado em vigor ontem (2), e no mesmo dia, o prefeito Eduardo Paes, afirmou que alguns pontos do documento eram “um exagero” e que não tinha notado quando assinou.

“Eu entendo que deveriam antes de liberar os decretos, as regulamentações, do uso ou não da máscara, do uso ou não da caderneta de vacinação, que fosse feito um estudo mais apurado, porque soltam e a população fica confusa. Uma hora é para colocar, outra hora é para tirar. Cada um entende uma coisa e causa tumulto entre as pessoas”, afirmou o advogado, Rogério Fraga.

A obrigatoriedade do “passaporte da vacina” segue mantida para bares e restaurantes em áreas cobertas, hotéis e imóveis alugados por temporada, e salões de beleza e estética.

Outros locais, onde já era necessário comprovar a vacinação através de documento antes do novo decreto, como academias, museus e estádios, continuam a exigir o comprovante.

A preocupação com a nova variante Ômicron, foi o principal motivo para as novas medidas serem adotadas. Até a próxima segunda-feira (6), a Prefeitura irá atuar de forma educativa, mas após essa data, a multa, que pode ultrapassar os R$ 3 mil, vai passar a ser cobrada na cidade.

A vacinação pode ser comprovada através do aplicativo “Conecte SUS” ou pela caderneta de vacinação física.

FESTA DE REVEILLON NA CIDADE

A comemoração da chegada do ano novo ainda não está cancelada na cidade do Rio. As autoridades não descartam um cancelamento, mas vão esperar mais alguns dias para analisar melhor o cenário da pandemia, com o surgimento da nova variante Ômicron, para tomar uma decisão definitiva.

“O mundo está diante de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron. Uma variante que nasceu na África, começou a circular na Europa e já existem alguns poucos casos identificados aqui no Brasil. A gente não sabe ainda qual a característica dessa nova variante, em termos de agressividade, isso é, risco de evolução para formas graves, risco de transmissão, o quanto ela é mais ou menos transmissível do que outras cepas, e, principalmente, se ela consegue escapar, isso é, ficar imune a vacinação. Tudo indica que não. Tudo indica que a vacina é eficaz contra essa nova variante. Por isso, agora o momento é de cautela. Qualquer tomada de decisão em relação ao Réveillon, e outras atividades, depende da caracterização e do comportamento dessa nova variante. Portanto, é importante que a gente tenha cautela e avalie o cenário epidemiológico dia a dia, tanto no Brasil, como no restante do mundo. Caracterizando melhor o comportamento dessa nova variante, a gente pode tomar uma melhor decisão. Por enquanto as decisões relativas ao Réveillon, serão postergadas durante alguns dias, para que a gente possa melhor avaliar o comportamento dessa nova variante. E aí, sim, tomar uma decisão que una a necessidade econômica do Estado, mas também a saúde da população fluminense e das pessoas que estão vindo, ou que virão, para o Réveillon aqui no Estado”, explicou o secretário Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.

SUSPEITA DA NOVA VARIANTE ÔMICRON NO RIO

Nesta sexta-feira (3) saiu o resultado da análise do exame da mulher, que testou positivo para Covid-19, ao chegar no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (1), vinda da África do Sul. A análise mostrou que se trata da variante Delta e não da variante Ômicron.

“Era uma paciente que tinha suspeita da variante Ômicron, uma paciente proveniente de Johanesburgo. Felizmente o resultado foi negativo para a nova variante. É uma paciente com Covid da variante Delta, sem sintomas, assintomática e ainda está em quarentena domiciliar” afirmou o secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz.

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