Pontos turísticos menos tradicionais recebem a atenção dos turistas no Rio

Catedral Metropolitana, escadaria Selarón e região da Pequena África são opções para quem quer fugir do óbvio dos cartões-postais

Vânia Vero*

O Rio de Janeiro ainda é a principal escolha para quem quer conhecer o Brasil. A Cidade Maravilhosa segue no topo da lista das cidades mais visitadas do País. A novidade é a escolha de roteiros fora dos cartões-postais já carimbados da cidade. O Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, por exemplo, estão atrás do bairro da Lapa, na escolha dos visitantes. É o que diz o Anuário de Turismo Carioca, divulgado pela Secretaria Municipal de Turismo.

Segundo o levantamento, as praias foram as queridinhas dos visitantes, mas a região Central do Rio ganhou bastante movimento no ano passado. A Catedral Metropolitana, Pedra do Sal, escadaria Selarón e região da Pequena África, todas no Centro, conquistaram a atenção dos turistas. Esses locais receberam mais de 1,2 milhão de visitantes em 2023. Já o Cristo e o Pão de Açúcar somam mais de 650 mil turistas, no mesmo período.

Os dados da pesquisa foram gerados a partir do serviço de geolocalização de celulares, uma inovação da secretaria. A tecnologia utilizou os sinais de GPS e as informações de rede de telefonia para mapear os turistas brasileiros e estrangeiros e estabelecer um ranking dos pontos turísticos visitados.

Para a prefeitura, os números são importantes para o poder público identificar e desenvolver melhorias na infraestrutura e os serviços oferecidos, a fim de melhorar a experiência e ampliar o número de visitantes na região.

O guia de turismo Cosme Felippsen ressalta a importância dos roteiros menos tradicionais no Rio de Janeiro. Para ele, o setor precisa ser readaptado.

“O Rio de Janeiro não é só o que se vende nos cartões postais, tem muita coisa para se aproveitar em vários pontos da cidade”, comenta.

Morador do Morro da Providência, na região Central, Cosme ainda indica outros pontos turísticos para quem quer conhecer o Rio, como o mercadão de Madureira, na Zona Norte, a Pequena África, no Centro, as trilhas e cachoeiras, além das comunidades.

“Se o turista quiser conhecer o Rio de Janeiro em sua essência, ele precisa conhecer as favelas também, que ocupam quase um terço da cidade”, afirma o guia de turismo.

As comunidades da Rocinha e do Vidigal também estão na lista dos turistas. Juntas, receberam mais de um milhão de visitantes.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.