O policial militar Marconi Rufino da Silva Júnior, de 51 anos, morreu ontem (12) ao sofrer uma tentativa de assalto no Humaitá, na Zona Sul do Rio.
Ele estava dirigindo uma moto que teria comprado minutos antes, quando foi cercado por dois motociclistas, acompanhados por um terceiro homem que anunciou o assalto. O policial tenta fugir, mas é atingido por um tiro na nuca.
Segundo a Polícia Militar, os três criminosos escaparam logo depois. O assassinato aconteceu no cruzamento das Ruas General Dionísio e Visconde da Silva, e câmeras de segurança do local mostram o momento em que o agente caiu no chão depois do disparo.
Os tiros também atingiram árvores, postes, carros e prédios vizinhos, deixando as marcas de violência na rua. Hoje (13), policias militares reforçam o patrulhamento no local.
A Delegacia de Homicídios investiga o caso como latrocínio, roubo seguido de morte, mas não descarta outras hipóteses, já que testemunhas afirmam que dezenas de tiros foram disparados.
O carro do fisioterapeuta Renan Ramos foi atingido por vários disparos. Ninguém estava a bordo do veículo, mas um dos tiros foi na janela onde a filha de 10 meses costuma ficar sentada.
“A gente fica assustado, né? Parece que é tudo muito longe, que é só na TV, mas a gente vê como é próximo. Eu agradeço a Deus que não tinha ninguém no carro, minha família não estava aqui. O tiro pegou do lado da cadeirinha, aqui, onde fica minha filha. Graças a Deus não aconteceu nada”, disse.
Os tiros ainda atingiram uma casa de repouso de idosos, que ficava ao lado do local do crime. Ninguém ficou ferido.
O sargento da Polícia Militar trabalhava no Gabinete de Segurança Institucional do Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
DISQUE DENÚNCIA DIVULGA CARTAZ
O Disque Denúncia divulgou hoje (13) um cartaz para ajudar no inquérito da Delegacia de Homicídio da Capital (DHC), a fim de identificar e prender os envolvidos no assassinato do PM.
Com a morte de Marconi, o número de Agentes de Segurança mortos em ações violentas no Estado do Rio sobe, só neste ano, para 18. 17 deles são da Polícia Militar, de folga e veteranos, e apenas um do Corpo de Bombeiros.
*Sob supervisão de Danillo Carneiro