Policial militar é assassinado em Anchieta, na Zona Norte do Rio

Sobe para 77 o número de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana em 2023. Desses, 40 morreram.

Ana Clara Prevedello*

Sobe para 77 o número de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana em 2023.
Reprodução

O policial militar Marcelo Figueiredo morreu na noite de ontem (18) após ser atingido por dezenas de tiros. Os disparos foram feitos por três criminosos em Anchieta, na Zona Norte do Rio, contra o carro do PM. O sargento, que estava de folga, morreu na hora.

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Com o caso, sobe para 77 o número de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana do Rio em 2023, segundo um levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Desses, 40 morreram.

Os casos acontecem em meio a um aumento na letalidade violenta e nos roubos de veículos e cargas no Rio de Janeiro. Para reverter o cenário, investimentos na segurança pública no estado foram anunciados pela União.

O anúncio foi feito durante a agenda do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, junto ao Governador do Rio, Cláudio Castro. Eles assinaram termos de cooperação e integração, para fortalecer as ações de combate e de prevenção ao crime no Rio.

Ao todo, mais de R$ 270 milhões serão investidos, por parte do governo federal. Segundo Cláudio Castro, uma das metas é tornar todas as viaturas policiais blindadas.

“Agora, uma boa parte das nossas viaturas de patrulhamento já está semi-blindada, e todas as outras serão também. Estamos caminhando para, um dia, a gente ter 100% dessas viaturas blindadas, para a segurança desses policiais. (...) Pela primeira vez, o policial aqui do Rio tem um capacete blindado, tem o seu equipamento blindado, para que a gente possa garantir a vida da população”, disse.

Entre as medidas anunciadas está a construção de dois novos complexos penitenciários, com 1.000 vagas disponíveis, sendo 800 para segurança média e 200 para segurança máxima. Ainda não há previsão para o início das obras.

Nos últimos meses, o jornalismo da Band Rio mostrou a superlotação, a falta de agentes penitenciários e a precariedade nas instalações prisionais.

Também foi anunciada a primeira Casa da Mulher Brasileira no estado, que vai atender mulheres em situação de violência doméstica.

“Estamos apresentando hoje um conjunto de ações, que abrange desde essa dimensão do projeto cultural, na comunidade afligida pela violência, pesquisas no mundo acadêmico e apoio às forças estaduais. Então é essa visão sistêmica, ampla, que nós estamos apresentando aqui”, disse o ministro Flávio Dino durante a coletiva.

O governo federal ainda abriu 31 vagas para a transferência de custodiados a presídios federais.

Mais de 20 presos transferidos para unidades de segurança máxima

A Justiça do Rio autorizou, nesta segunda (19), a transferência de 26 presos do Rio de Janeiro para unidades federais. Entre eles está o miliciano Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, acusado de chefiar a milícia nas comunidades da Barão, Divino e Chacrinha, na Zona Oeste, e nos morros do Fubá, Jordão e Campinho, na Zona Norte.

Outro criminoso que será transferido é Rodrigo dos Santos, conhecido como Latrell. Ele era o braço direito de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que está à frente da maior milícia do Rio de Janeiro.

*Sob supervisão de Christiano Pinho 

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