Polícia realiza operação contra quadrilha especializada em fraudes bancárias

A investigação demonstrou que o grupo criminoso fez vítimas em vários estados do Brasil, como Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, São Paulo, Brasília, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Tocantins, Piauí e Pernambuco.

Clara Kury, Marcelo Vieira

Operação Conta Golpe
imagem/foto

Policiais civis deram início a "Operação Contra Golpe", para desmanchar uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras. De acordo com as investigações, o grupo fez vítimas em vários estados do país, como Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, São Paulo, Brasília, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Tocantins, Piauí e Pernambuco. O foco eram especialmente idosos. A quadrilha movimentou pelo menos R$ 6 milhões no último ano através de lavagem de dinheiro e ocultação de valores financeiros.

Uma das vítimas, um homem de 75 anos, chegou a ter um prejuízo de cerca de R$ 1,17 milhão.

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A investigação, que contou com o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, apontou que oito pessoas foram indiciadas pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A partir do inquérito, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos, bem como o bloqueio de todas as suas contas bancárias.

Além disso, foi descoberta a utilização de inúmeras contas bancárias para a ocultação e lavagem dos recursos obtidos de forma criminosa. Os valores, segundo a polícia, foram "pulverizados" havendo a suspeita da participação de pelo menos outras 30 pessoas nessa associação criminosa, que é uma das maiores em atividade no país.

Todos os alvos de mandados de prisão possuíam dezenas de contas bancárias, sendo que um deles tinha mais de 40 contas abertas.

O delegado Ângelo Lages explicou para a reportagem da Band como a quadrilha operava.  

A vítima aqui do rio de janeiro foi um senhor de 70 anos que após clicar em um link que recebeu através do seu telefone celular oferecendo desconto no boleto do seu catão de crédito, vulnerabilizou dados sensíveis e a partir disso a quadrilha conseguiu efetuar transferências bancárias no valor de 130 mil reais. Logo após essas transferências, a quadrilha entrou em contato com a vítima, se passando pelo seu gerente, passando essas informações e de que ele precisava auxiliar a polícia federal fazendo novas transferências para que fosse rastreado o dinheiro. E a partir disso, esse senhor fez cinco novas transferências totalizando um prejuízo de 1 milhão e 75 mil reais. O alvo preferencial dessa organização criminosa eram as pessoas idosas, já que o mundo digital trouxe muitas facilidades, mas também muitos riscos. 

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