A Polícia Federal prendeu três pessoas envolvidas em um esquema de falsificação de diplomas médicos na manhã desta terça-feira (20). A segunda fase da Operação Catarse tinha o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Silva Jardim/RJ, Saquarema/RJ e Montes Claros/MG.

Na ação, a PF buscava prender os chefes da organização criminosa, que atua em todo o País, e identificar falsos médicos que estejam trabalhando sob os serviços prestados pela quadrilha.

Foram identificados 50 pagamentos, que variavam entre R$ 100 mil e R$ 300 mil. Ou seja, 50 médicos atuando com diplomas falsos.

Os presos na ação desta terça-feira podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, com pena de dois a seis anos de reclusão e multa, e uso de documento falso.

O CREMERJ afirmou que apoia e colabora com o andamento das investigações. 

"Para o CREMERJ, todas as ações que visem garantir a segurança da população, dos médicos e dos demais profissionais de saúde no estado do Rio de Janeiro são fundamentais e prioritárias (...) e é atuante na luta contra a atuação de falsos profissionais, tendo, inclusive, o Portal da Defesa Médica para o recebimento de denúncias desse tipo", afirmou o Conselho, em nota.

As investigações começaram em abril de 2022, com a prisão em flagrante de duas pessoas na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. As duas tentavam obter os registros profissionais de médicos instruídos com documentos falsificados de graduação em medicina.

Em fevereiro de 2023 foi deflagrada a primeira fase da operação. Na época, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas.

*Sob supervisão de Christiano Pinho