As imagens de circuito mostram o momento em que a menina apanha e é arrastada pela suspeita. O caso ocorreu na rua Capitão Mário Barbedo, em Anchieta. Segundo testemunhas que estavam no local, a agressora era irmã da vítima.
Brenda Nogueira, moradora da região que estava presente no momento, contou à reportagem da Band como a situação se desenvolveu.
Quando eu cheguei ela já estava agredindo a menina. Quando ela começou a arrastar a menina eu falei com ela e aí começou a me agredir verbalmente, me xingando. Isso não é cuidado, não tem amor nenhum pela menina ali. Todo mundo sabe que ela agride a menina, que ela sofre agressão dentro de casa. Eu liguei pra polícia e demorou umas duas horas e meia pra chegar. Quando a polícia chegou simplesmente não fez nada.
Outras testemunhas afirmam que esse tipo de violência é recorrente com a criança.
Ela grita muito diariamente, uma vez ela até saiu de casa e correu pra minha casa e não queria ir pra casa dela. Ela tem muito medo da irmã dela
Disse uma mulher que presenciou o caso e preferiu não se identificar.
A menina empacou, não queria entrar dentro de casa, e ela xingando falando que quando chegasse em casa ia apanhar etc e tal, quando eu vi as agressões eu verbalmente comecei a debater com ela. Foi a primeira vez que eu vi isso na minha vida, to horrorizado.
Afirmou Diogo Santos, trabalhador local e que também presenciou o ocorrido.
Para a diretora do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI) Ziraldo, Maíra Novoa, a criança autista tem as mesmas sensações e sentimentos que qualquer outra pessoa.
A família tem que olhar pra aquela criança, aquele adolescente, como alguém singular, alguém que merece ser olhado e que merece ter voz. As especificidades daquela criança merecem ser olhadas. Ela tem que ser considerada como sujeito que entende o que ta sendo dito sobre ela. A criança sofre e sente pra se comunicar, as vezes ela não consegue.
Em nota, a Polícia Civil disse que instaurou inquérito para identificar, localizar e ouvir todos os envolvidos.