A Polícia Civil prendeu 17 traficantes durante uma operação em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, nesta sexta-feira (19). O objetivo era impedir uma invasão planejada por traficantes da região, chefiados por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão.
Segundo as investigações, a quadrilha queria expandir o "Complexo de Israel", nome utilizado pela facção TCP para a área que abrange as favelas Cidade Alta, Pica-Pau, Cinco Bocas, Vigário Geral e Parada de Lucas. O objetivo dos criminosos era invadir favelas dominadas pelo Comando Vermelho em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Dez bandidos foram encontrados em um bunker, escondidos atrás de uma parede falsa, onde guardavam armamento estimado em mais de R$ 1 milhão. Entre as apreensões estavam metralhadoras .30. e .50., capazes de derrubar helicópteros e perfurar blindagens. Também foram apreendidos 15 fuzis, munição e granadas.
Outros sete traficantes foram presos depois de fazer pai e filha reféns, e atacar uma viatura da Polícia Civil.
Entre os 17 homens presos está Wendel Rodrigues Oliveira, o Noventinha do Complexo de Israel, considerado pela polícia como o “homem de guerra” de Peixão.
"O Noventinha era o nosso maior alvo na 60ª DP. É uma prática muito comum deles a de expansão de territórios, e isso que ele vinha fazendo, tentando tomar esse território de Caxias. Houve inclusive uma reunião em que ele estava na comunidade com a maior liderança”, disse o delegado Fábio Rodrigues.
Toda a quadrilha do traficante Peixão foi presa, mas ele segue foragido.
"Tirando o Peixão, que é a liderança, toda a cúpula da facção foi presa na operação de hoje. A ação foi extremamente importante porque deu um duro golpe em toda a hierarquia dessa facção criminosa que age no local”, disse o diretor do DGPE Felipe Curi.
A polícia descobriu o plano de invasão depois que identificou a movimentação de bandidos do Complexo de Camará, na Zona Oeste, nesta madrugada (19), em direção a Parada de Lucas. Da Zona Norte, o grupo iria para Duque de Caxias.
*Sob supervisão de Christiano Pinho