Polícia identifica responsáveis por fábrica clandestina de cigarros

23 paraguaios eram mantidos em situação análoga à escravidão no local.

Pedro Cardoni*

Os paraguaios eram obrigados a dormir em um alojamento sem janelas
Reprodução

A pessoa que alugou o imóvel em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, onde 23 paraguaios e um brasileiro eram mantidos em situação análoga à escravidão, foi identificada pela Polícia Civil. O dono da construção também já foi localizado pelas autoridades.

As vítimas foram resgatadas na última sexta-feira (8) de uma fábrica clandestina de cigarros. Os trabalhadores tinham os celulares confiscados pelos patrões e dormiam em quartos sem janelas. Os empregados também eram proibidos de sair da fábrica e dos alojamentos.

Os homens já trabalham com a produção de cigarros no Paraguai e aceitaram a proposta de R$ 3 mil para trabalhar no Brasil. Quando chegaram no país, as vítimas foram levadas encapuzadas diretamente para a fábrica e obrigadas a trabalhar.

Os investigadores estipulam que o lucro mensal dos contrabandistas chega a meio milhão de reais. Os estrangeiros produziam 500 caixas de Gift do Paraguai por dia.

Com exceção de um paraguaio, que tem um mandado de prisão por tráfico de drogas expedido contra ele, os trabalhadores vão ser levados de volta para o Paraguai.

Os donos da fábrica seguem sendo investigados pela Polícia Civil.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco

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