Polícia encontra corpos que seriam dos assassinos de médicos na Barra

Quatro mortos foram localizados em dois veículos na Zona Oeste do Rio

Christiano Pinho, João Boueri, Nicolle Timm, Clara Nery e Fernanda Caldas.

Corpos foram encontrados em dois carros na Gardênia Azul e perto do Riocentro.
Reprodução | TV Band

Quatro corpos que seriam de criminosos ligados aos assassinatos dos médicos na Barra foram encontrados pela Delegacia de Homicídios da Capital em dois carros na Zona Oeste, na noite desta quinta-feira (5). Um dos mortos estava no porta-malas de um veículo na Gardênia Azul.

Os investigadores acreditam que seja o corpo do bandido conhecido como Lesk, que migrou da milícia para o Comando Vermelho após a entrada do tráfico na Gardênia Azul. Ele teria sido o responsável pela ordem do ataque que terminou com as mortes dos médicos. 

Os outros três corpos estavam em outro carro, em uma rua perto do Riocentro. A DH suspeita que sejam os assassinos dos médicos.

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Os criminosos teriam sido mortos após uma decisão do “tribunal do tráfico”. A cúpula do Comando Vermelho teria dado a ordem após a repercussão dos assassinatos dos médicos na madrugada desta quinta, na orla da Barra.

A principal linha de investigação da Polícia Civil é a de que um dos médicos foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Ele é filho de um dos chefes de uma milícia que atua na região de Jacarepaguá.

Um grampo feito pela polícia identificou que traficantes foram informados sobre a presença de Taillon no quiosque. Mas, na verdade, se tratava do médico Perseu Ribeiro Almeida, que tem características físicas parecidas. 

A ação dos criminosos foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostram que três bandidos saíram de um carro branco, atiraram contra as vítimas, voltaram para o veículo e fugiram.


Segundo laudo do IML, cada um dos três médicos foi atingido por pelo menos cinco disparos em várias partes do corpo, mas o que os matou foram tiros no coração.


Representantes de forças de segurança fizeram um pronunciamento, após o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cobrar uma resposta célere das autoridades. O Secretário da Polícia Civil do Rio, José Renato Torres, afirmou que, por se tratar de um homicídio, as investigações não são tão rápidas, mas assegurou que o crime não ficará impune.


Os criminosos chegaram a comemorar nas redes sociais a morte de Taillon, mas apagaram a publicação após descobrirem que, na verdade, a vítima não era o criminoso.

Um dos médicos mortos é irmão da deputada federal pelo Psol de São Paulo Sâmia Bomfim. Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, estava no Rio para participar de um congresso. Ele e outros três profissionais, Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33, e Daniel Sonnewned Proença, de 31 anos, estavam sentados no quiosque no momento do crime. Os corpos foram liberados pelo IML e retirados pelas famílias das vítimas.


Daniel é o único sobrevivente. Ele passou por cirurgia e está internado em estado estável em uma unidade de saúde particular na Zona Oeste.

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