A Polícia Civil pediu a quebra de sigilo de dados do suspeito de envolvimento no assassinato de uma mulher grávida na porta de casa, em Campos do Goytacazes, no Norte fluminense, na semana passada. Em vídeo publicado nas redes sociais, a delegada Natália Patrão antecipou que os novos desenvolvimentos dependem da autorização da Justiça para liberar o acesso a "aplicativos atípicos".
De acordo com as investigações, o passaporte do companheiro da vítima, Letycia Peixoto Fonseca, foi apreendido.
“Eu representei pelo recolhimento do passaporte do pai como uma forma de resguardar ao final das investigações porque a gente não sabe quando tudo será concluído e para resguardar a aplicação da lei penal”, explicou a delegada da 134ª DP. Segundo ela, a investigação também caminha para que a motivação do crime seja passional.
Mais testemunhas foram ouvidas e a delegada ressaltou o sucesso da investigação.
“As informações não estão sendo disparadas, não porque não temos. Mas justamente, porque temos e precisamos do sigilo delas”, concluiu.
RELEMBRE O CASO
Letycia foi surpreendida por tiros quando chegava em casa na última sexta-feira (3), em Campo dos Goytacazes. Em menos de três segundos, dois suspeitos atiraram cinco vezes contra a mulher – que estava grávida de oito meses.
A mãe da vítima presenciou a ação e tentou reagir. Um dos criminosos aparece descendo da moto na imagem da câmera de segurança e também atira contra a mãe. Mesmo depois de ferida, ela consegue se levantar para ajudar a filha.
Os três foram levados para o hospital. Letycia Peixoto Fonseca morreu e uma cesariana foi feita para salvar o bebê. Ele chegou a ficar internado, mas não resistiu. A mãe da vítima está bem.
*Sob supervisão de Natashi Franco