O laudo das mortes do policial militar e da mulher morta durante a operação policial no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, foram concluídos pelo Instituto Médico Legal (IML). O agente teria sido atingido por três tiros e a mulher por um único tiro.
O cabo Bruno de Paula Costa, de 38 anos, foi baleado três vezes nas costas durante a invasão de traficantes à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília. De acordo com o exame, a vítima teve ferimentos na região do tórax e no pescoço.
Letícia Marinho de Salles, de 50 anos, também baleada durante a operação foi atingida por um tiro no lado direito do peito. O laudo afirma que o disparo fez um trajeto da direita para a esquerda e causou perfurações nos pulmões, traqueia, esôfago e aorta abdominal da vítima. O braço de Letícia também apresentava ferimentos por conta de estilhaços.
A mulher era moradora do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estava saindo da casa do namorado, morador do Complexo do Alemão. De acordo com o namorado, os policiais atiraram diretamente contra Letícia. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
A operação policial no Complexo do Alemão aconteceu na última quinta-feira (21) e deixou 17 mortos e quatro feridos. Entre os feridos está Hideraldo Alves, de 22 anos, conhecido como "Esquilo" ou "Doido", que é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. O criminoso tentou ser atendido em um hospital utilizando uma identidade falsa, mas foi reconhecido.
Esquilo também é investigado por envolvimento no assalto a uma joalheria dentro de um shopping de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que acabou com a morte de um segurança do local. O crime aconteceu no dia 25 de junho.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DCH).
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco